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Quando desconfiar que tenho esclerose múltipla?

Cuidado Contínuo

Quando desconfiar que tenho esclerose múltipla?

Atualmente, a esclerose múltipla vem sendo bastante difundida nas redes sociais, em decorrência principalmente das celebridades que anunciaram o diagnóstico da doença há pouco tempo. Além disso, também há uma maior conscientização do problema na sociedade.

Os conhecimentos sobre a evolução da esclerose múltipla e os tratamentos disponíveis — seja pelo sistema público ou privado de saúde — têm proporcionado a estagnação da doença entre os pacientes diagnosticados ou uma evolução clínica mais lenta.

Por isso, é importante conhecer os sintomas e, em caso de desconfiança, buscar ajuda médica especializada. Quer saber mais sobre isso? Então, fique por aqui e entenda!

O que é esclerose múltipla?

Trata-se de uma doença crônica, autoimune e neurodegenerativa, que acomete o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). O processo patológico ocorre pela destruição da bainha de mielina, camada que ajuda nas conexões neurais, pelo sistema imunológico. Com isso, o paciente desenvolve alterações motoras que evoluem gradativamente ao longo do tempo, além de outros sintomas associados.

Estima-se que existem de 2 a 2,5 milhões de pessoas no mundo com esclerose múltipla. Já no Brasil, a prevalência média é de 8,69 casos a cada 100 mil pessoas, sendo menor na região Nordeste e maior na região Sul.

A faixa etária em que a doença é mais comum é entre os 20 e os 50 anos, sendo duas vezes mais frequente em mulheres. Em relação à raça/etnia, há uma menor incidência na população afrodescendente, oriental e indígena.

Quando desconfiar que tenho esclerose múltipla?

A desconfiança em relação ao diagnóstico de esclerose múltipla ocorre quando os sintomas são compatíveis com essa doença crônica e a pessoa faz os exames clínicos e radiológicos necessários para confirmação do diagnóstico.

Mas isso deve ser bem esclarecido, de modo a não despertar ansiedade ou estresse desnecessários. Inicialmente, é preciso entender que o diagnóstico é complexo, pois não existe um marcador ou teste específico. Por isso, é interessante descartar primeiramente outras doenças neurológicas.

A partir da exclusão de outras causas, é importante procurar os serviços básicos e ambulatoriais de saúde para um rastreamento adequado, conforme os sintomas e sinais clínicos apresentados.

Qual exame detecta a esclerose múltipla?

Como destacamos, não existe um marcador ou teste diagnóstico da esclerose múltipla. Ele é baseado em exames radiológicos e laboratoriais, principalmente a ressonância magnética.

A detecção da doença pode ocorrer após um surto, considerado como um evento inflamatório desmielinizante com duração de pelo menos 24 horas. Na maioria dos casos, é a partir desse surto que se faz o diagnóstico.

Diante dos resultados dos exames, é possível fazer a classificação da doença entre esclerose remitente-recorrente (EMRR), esclerose múltipla primária ou secundária progressiva, com ou sem recidivas.

Quais são os primeiros sintomas de esclerose múltipla?

Os sintomas são, em sua maioria, inespecíficos, o que retarda um diagnóstico precoce e impacta no tratamento. Porém, algumas pessoas desenvolvem surtos ou ataques agudos que favorecem o diagnóstico. Conheça os principais sintomas a seguir.

Fadiga

O cansaço extremo e a fraqueza são características da esclerose múltipla, pois, com a evolução da doença, o paciente apresenta pouca disposição para as atividades pessoais e profissionais diárias. Além de inespecífico, esse sintoma pode aparecer em virtude do tratamento medicamentoso estabelecido ou da fraqueza decorrente da evolução da doença. Por isso, é preciso ser monitorado.

Transtornos visuais

Entre os transtornos visuais mais característicos da esclerose múltipla estão a diplopia (visão dupla), neurite ótica, visão turva, entre outros. Alguns pacientes relatam ponto cego ou turvo no centro da visão, além de o movimento dos olhos se tornar dolorido.

Esses sintomas acontecem devido à inflamação do nervo ótico, que é um dos mais atingidos pela esclerose múltipla. Isso porque, ao contrário das células nervosas, as fibras nervosas da retina não têm mielina, o que as torna mais suscetíveis aos danos do sistema imunológico.

Espasticidade

A espasticidade, que engloba a rigidez e espasmos musculares, também pode vir acompanhada de mobilidade reduzida, fraqueza, fadiga, alterações de equilíbrio, entre outros sintomas motores. Esses sinais ocorrem devido ao aumento do tônus muscular e à resistência no momento em que o paciente faz uma flexão ou distende algum membro, por exemplo. Eles podem ser leves ou dolorosos e incontroláveis.

Como é uma pessoa com esclerose múltipla?

Entender a doença e suas complicações é muito importante para acolher o paciente e sua família. Portanto, a partir do diagnóstico e do início do tratamento medicamentoso, é aconselhável tirar todas as dúvidas relacionadas ao tema.

Dependendo da classificação da doença e da evolução dos sintomas, o paciente pode viver uma vida praticamente normal, com o uso de medicamentos efetivos, ou sentir os efeitos da doença em progressão rápida.

Esse é o caso de Evelyn Azevedo, de 25 anos, que foi diagnosticada com esclerose múltipla e recebeu o tratamento de pulsoterapia no Hospital Unimed de Campinas. Ela destacou todo o acolhimento da rede de atendimento exclusiva prestado pela equipe clínica.

"Quando precisei usar o Hospital Unimed Campinas para fazer pulsoterapia, as meninas da enfermagem nos tratavam muito bem. Tanto eu, que recebia o medicamento, quanto meu marido, que era o acompanhante", afirma Evelyn.

Sendo assim, o objetivo do tratamento é a melhoria clínica e da qualidade de vida, bem como uma maior longevidade, aumento da capacidade das funções motoras, atenuação dos sintomas e a redução dos surtos ou eventos agudos.


É possível prevenir a esclerose múltipla?

A prevenção da doença ainda é controversa, uma vez que se trata de um problema autoimune e neurodegenerativo. Contudo, algumas pesquisas epidemiológicas já descrevem variáveis que precisam ser monitoradas.

Dentre elas, já se sabe que a insuficiência da vitamina D, o tabagismo e a obesidade na infância e adolescência seriam possíveis causas do desenvolvimento da esclerose múltipla. No entanto, esses fatores também contribuem para o aparecimento de diversas doenças.

Nesse sentido, a conscientização sobre o problema facilita a detecção precoce, que pode ser instituída em centros de atenção primária e secundária, e devem ser associados à adoção da alimentação saudável, prática de exercícios físico e ao controle dos fatores emocionais.

A esclerose múltipla é uma doença crônica, autoimune, neurodegenerativa e estigmatizada na sociedade. Por isso, é fundamental conhecer seus principais sintomas e complicações para que o paciente seja bem assistido. Sendo assim, caso haja suspeita do diagnóstico, é fundamental o encaminhamento ao profissional médico para tratar a evolução da doença.

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Conteúdo revisado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas.

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