Você sabia que,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as
pessoas acima dos 50 anos representam mais de 25% da população e 22% da força
de trabalho do país? Mesmo sendo uma parcela expressiva, o etarismo é algo
comum tanto no emprego quanto na vida pessoal.
Neste texto,
explicaremos o que é a discriminação etária e por que ela é considerada um
problema na sociedade atual. Além disso, falaremos sobre como o etarismo afeta
a saúde emocional, bem
como a sua produtividade em diferentes idades.
O
QUE É ETARISMO?
O etarismo é uma forma
de discriminação com base na idade, sendo, geralmente, as pessoas mais velhas o
alvo deste preconceito. Ele pode ser manifestado de diversas maneiras, como
associação a estereótipos negativos e julgar que pessoas idosas são incapazes,
frágeis ou atrasadas tecnologicamente.
O termo “etarismo” tem
origem do inglês “ageism” e foi impulsionado pelo gerontologista Robert Butler,
em 1969, como uma forma de descrever preconceitos semelhantes ao racismo ou
sexismo, porém relacionados à idade.
Um dos locais em que a
discriminação etária se faz presente é no mercado de trabalho, em que muitos
contratantes evitam ter pessoas idosas como colaboradores ou oferecer promoções
para os que já fazem parte da empresa.
A mídia, muitas vezes,
reforça esse estereótipo, visto que raramente retratam pessoas mais velhas de
forma positiva ou dinâmica e, quando fazem, mostram esses idosos como um “ponto
fora da curva”.
Precisamos lembrar
que, ainda segundo o IBGE, a expectativa de vida média está em 75,5 anos, o que
significa que pessoas com idade mais avançada conseguem ter independência e
qualidade de vida.
QUAL
A DIFERENÇA ENTRE ETARISMO E AGEISMO?
Além do etarismo,
existe outro termo muito utilizado para se referir à discriminação relacionada
à idade, porém com conotação e contexto distintos: o ageismo. É importante que
você saiba a diferença entre os dois para também compreender a amplitude dessa
problemática.
ETARISMO
O etarismo se refere à
discriminação de pessoas de qualquer faixa etária. Além do preconceito contra
pessoas mais velhas, muitos jovens também são destratados por conta da pouca
idade, sendo taxados como imaturos ou inexperientes.
É comum que pessoas
mais novas sofram algum tipo de preconceito devido à idade no âmbito familiar
ou profissional, em que alguns empregadores podem evitar contratar os mais
jovens por acharem que elas não lidam bem com responsabilidades e podem trocar
de emprego em pouco tempo.
AGEISMO
Já o ageismo é um
termo que também é utilizado para caracterizar a discriminação por idade, porém
de maneira específica para pessoas idosas. Aqui, são envolvidos os estereótipos
negativos, práticas e preconceitos que visam desvalorizar pessoas com idade avançada.
POR
QUE O ETARISMO É UM PROBLEMA? QUAL É O IMPACTO?
O preconceito etário
pode afetar pessoas mais novas e idosos em diferentes âmbitos na sua vida. Veja
a seguir alguns problemas enfrentados por esses grupos com relação tanto ao
bem-estar como na vida profissional e social.
SAÚDE
Muitas pessoas estão
deixando de ir ao médico, por exemplo, pois sentem que os profissionais de
saúde estão subestimando os sintomas em pessoas mais velhas ou desconsiderando
as necessidades específicas dos jovens.
Dessa forma, além do
afastamento dessa parcela da população a buscar tratamentos médicos ou fazer
exames de rotina, essa negligência também pode resultar em danos à qualidade
dos atendimentos, causando diagnósticos tardios ou tratamentos inadequados.
VIDA PROFISSIONAL
No âmbito
profissional, muitas pessoas mais novas têm dificuldade em conseguir emprego
por conta da percepção de inexperiência. Ao mesmo tempo, trabalhadores mais
velhos são vistos como menos adaptados ou atualizados tecnologicamente.
VIDA SOCIAL
Já na vida social,
idosos podem ser isolados ou marginalizados por conta de estereótipos de
incapacidade ou irrelevância. Já a população mais jovem é vista como imprudente
e irresponsável, fazendo com que eles sejam limitados em oportunidades de
participação e liderança em comunidades.
QUAIS
OS REFLEXOS DO ETARISMO NA SAÚDE EMOCIONAL?
Enfrentar problemas em
diversos âmbitos da vida pode fazer com que as pessoas que sofram discriminação
etária adquiram problemas de cunho emocional. Separamos a seguir alguns dos
sintomas e doenças que podem surgir, afetando a saúde emocional.
ESTRESSE
Um dos principais
sintomas resultantes do etarismo é o estresse. Por conta da pressão constante
sentida por jovens e adultos para mostrarem o seu valor, essas pessoas acabam
atingindo o esgotamento físico e mental, o que afeta negativamente a qualidade
de vida e a capacidade de enfrentar desafios cotidianos.
ANSIEDADE
Já a incerteza de
saber se será aceito e valorizado no ambiente profissional, em interações
sociais ou até mesmo no acesso aos serviços de bem-estar, pode desencadear crises de ansiedade. Pessoas mais velhas temem perder
seus empregos para pessoas mais novas, estes que podem sentir falta de espaço e
confiança por parte dos seus superiores para crescer na organização.
Sem falar, é claro,
dos diversos pensamentos sobre se adequar à sociedade e ao ciclo social, sobre
sua relevância no mundo e qual a imagem transmitida para terceiros.
DEPRESSÃO
Uma das consequências
emocionais mais graves do preconceito etário é a depressão. A sensação de ser
julgado e subestimado constantemente pode levar a um sentimento de desesperança
e desamparo. As pessoas mais velhas podem começar a se isolar, o que intensifica
os sintomas depressivos. Com relação aos jovens, eles
podem sentir que as suas aspirações estão sendo limitadas, ou, até mesmo,
sentem suas vidas como inferiores ao se comparar com outras pessoas,
contribuindo para o aparecimento da doença.
QUAIS
OS REFLEXOS DO ETARISMO NA PRODUTIVIDADE?
Como é possível
imaginar, todos esses problemas emocionais acabam afetando negativamente a
produtividade de pessoas que sofrem com o etarismo. Principalmente no âmbito
profissional, esses indivíduos não conseguem ter um bom fluxo de trabalho, o
que pode afetar negativamente o seu desempenho nas empresas.
Os trabalhadores com
mais idade são marginalizados ou subestimados, fazendo com que suas
competências acumuladas ao longo dos anos sejam frequentemente ignoradas. Isso
pode levar à exclusão desses profissionais de projetos importantes ou de
oportunidades de liderança, desperdiçando seu conhecimento e expertise.
Ao mesmo tempo, as
pessoas mais novas também podem sofrer com a discriminação etária, sendo
consideradas inexperientes ou incapazes de contribuir significativamente. Este
preconceito pode resultar em falta de oportunidades para esses trabalhadores,
limitando seu desenvolvimento profissional e capacidade de trazer novas
perspectivas e ideias criativas para a empresa.
De maneira geral, o
etarismo no ambiente profissional cria um clima de desmotivação e insegurança,
o que afeta a moral e a coesão da equipe. Como resultado, aumenta-se a
rotatividade nas organizações, com esses profissionais buscando ambientes de
trabalho que sejam mais inclusivos.
Após entender os
desafios e as implicações do etarismo, é essencial buscar recursos que possam
auxiliar na promoção de uma saúde integrada e no combate a esses preconceitos,
tanto para evitar que outras pessoas se sintam assim como para o seu próprio
bem-estar físico e emocional, caso se encaixe nesses quadros.
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