As zoonoses são doenças transmitidas de animais para
humanos, sendo que muitas delas são bastante perigosas. Com o tempo, novas
doenças também podem surgir entre animais e se espalhar para os humanos. Esse é
o caso da Mpox, a nova varíola dos macacos.
O número de casos vem crescendo nos últimos meses, o que
demanda mais atenção do governo e da população. Entender mais sobre essa
doença, como ela se propaga e como se prevenir é fundamental para manter a sua
saúde.
Acompanhe e tire suas dúvidas sobre a Mpox.
A Mpox é uma zoonose causada pelo vírus de mesmo nome. Ela
é caracterizada pela erupção cutânea e surgimento de lesões na pele, com maior
proeminência nas palmas das mãos e nas solas dos pés, similar ao vírus da
varíola.
Ela é proeminente em partes da África, principalmente
Congo e Nigéria, desde a década de 1970, mas se espalhou em escala global em
2022. A doença era chamada de “varíola dos macacos” devido ao seu condutor
original.
Apesar de levar este nome, a doença não é transmitida pelo
animal. Ele está relacionado à descoberta inicial do vírus nos macacos em um
laboratório dinamarquês em 1958. A transmissão do surto atual, que atinge mais
de 75 países, foi atribuída à contaminação de pessoa para pessoa, com contato
próximo. Agora, temos essa nova variante que foi denominada como Mpox.
Um dos motivos para o ressurgimento da Mpox é o
aparecimento de uma nova cepa do vírus, chamada clado 1b. Trata-se de uma
mutação no vírus, a qual o torna mais difícil de combater com os métodos e
medicamentos já estabelecidos. Além disso, a nova versão do vírus se adaptou
para infectar humanos com muito mais rapidez que a cepa 1, a original.
O vírus causador da Mpox é um vírus de DNA, da mesma
família (Poxvirus) e gênero (Ortopoxvirus) do agente causador da varíola comum.
Porém, não são o mesmo agente e, portanto, são doenças diferentes.
Além disso, a varíola foi erradicada na década de 1980,
graças ao avanço na vacinação.
Os principais sintomas que uma pessoa infectada nota são:
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calafrios;
●
dores de cabeça;
●
dores no corpo;
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erupção cutânea;
●
febre;
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fraqueza;
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inchaço dos linfonodos;
● lesões na pele, podendo haver secreção.
O período de incubação da doença normalmente é entre 3 e
16 dias após o primeiro contato. Porém, há casos em que ele pode chegar a até
21 dias.
O recomendado para qualquer pessoa que note os sintomas é
buscar ajuda médica imediatamente. Por se tratar de um vírus, não existem
medicamentos específicos. O tratamento é de suporte, para alívio dos sintomas.
O processo de diagnóstico é feito através de exame
laboratorial. São coletadas amostras do paciente, principalmente o líquido
secretado pelas feridas, o qual é analisado via teste molecular e
sequenciamento genético. Uma vez confirmado o diagnóstico, inicia-se o
tratamento de suporte, como repouso, hidratação e analgesia.
A Mpox é transmitida diretamente pelo contato com a pessoa
infectada, principalmente através da secreção das feridas. Também pode ocorrer
devido à exposição prolongada a outros fluidos, sangue e à respiração, além do
contato com mucosas de animais silvestres infectados.
A doença persiste fora do corpo por um tempo. Isso
significa que você também pode contraí-la ao entrar em contato com objetos
recém-infectados, como toalhas, roupas de cama, pratos, entre outros.
Em todos os casos, é comum que a transmissão ocorra entre
pessoas que convivem diariamente. Sendo assim, é importante que todos na casa
façam o exame quando algum familiar contrair a doença.
COMO PREVENIR A NOVA MPOX?
O melhor método de prevenção contra a Mpox é evitar
contato direto com a pessoa infectada, assim como seus objetos de uso diário.
Caso esse contato seja necessário, use luvas e máscara para minimizar o risco
de contrair a doença. Após isso, higienize bem as mãos e o rosto.
Como mencionamos, não existe um tratamento específico para
a Mpox. Apenas as medidas de controle dos sintomas, para que o corpo possa se
proteger.
Porém, existem vacinas para indivíduos de alto risco como
portadores de HIV, profissionais da saúde que trabalham em laboratório com
exposição ao vírus e pessoas que tiveram contato com as secreções do indivíduo
infectados.
Com o tratamento adequado, o corpo pode se recuperar em
algumas semanas, eliminando todos os sintomas. Porém, se não houver a
assistência necessária ou o paciente for mais vulnerável, a doença pode se
agravar.
Na maioria dos casos, a Mpox não é letal. Porém, para
pessoas muito vulneráveis, como aqueles com HIV ou idosos, podem ter
apresentações clínicas mais graves, necessitando de cuidados hospitalares.
Essa doença tem cura, mas não existe um medicamento
específico para ela. É realizado apenas o controle dos sintomas e, assim, o
corpo pode eliminar o vírus e se recuperar.
Apesar dos alertas definidos pela OMS, a Mpox não
configura um caso de pandemia. Apesar das informações sobre o
vírus estar mudando rapidamente e outras dúvidas que surgiram desta nova cepa,
sua disseminação já está bem mais controlada e existem métodos de tratamento e
controle da propagação já em vigor.
O quadro mundial da Mpox não é extremamente grave, mas
ainda exige atenção. Sendo assim, a população também deve ficar atenta aos
sintomas e buscar tratamento rapidamente quando necessário.
Lembre-se de se cuidar, seguir as recomendações de higiene
e ficar em alerta para os sintomas da doença, procurando auxílio médico se
necessário. Nesses momentos, ter um plano de saúde é ainda mais importante,
principalmente com relação ao atendimento via
telemedicina.
Entenda melhor sobre como funciona e como isso pode ser um grande aliado no
acompanhamento e tratamento da nova varíola dos macacos.