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Zinco: guia completo para entender a relevância desse mineral para a saúde

Viver com Saúde

Zinco: guia completo para entender a relevância desse mineral para a saúde

Quando assunto é vitaminas e minerais, ouvimos bastante sobre o primeiro grupo e sua importância para o bom funcionamento do organismo. Os benefícios de uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, bem como em gorduras boas e fibras, impactam na longevidade e na qualidade de vida. Dito isso, um dos nutrientes que fazem muita diferença para essa rotina é o zinco.

Tão fundamental quanto saber quais são as suas funções e vantagens é entender por que ele é necessário e o que sua falta pode causar ao corpo. Tem que suplementar? Em quais alimentos é possível encontrá-lo? Essas e outras dúvidas serão respondidas nos tópicos abaixo.

Aproveite!

O que é o zinco?

No auge da pandemia de COVID-19, quando parte da população estava ainda mais preocupada em fortalecer seu sistema imune a fim de se prevenir contra o contágio, diversas reportagens defendendo o zinco e a vitamina C saíram na mídia. Um estudo realizado naEspanha, por exemplo, apontou que a deficiência desse mineral gerava um potencial maior de mortalidade e um período de recuperação mais longo.

Diante disso, muito se especulou sobre o potencial desse mineral e como incluí-lo na dieta. Mas, o que ele realmente faz? Primeiramente, o zinco é utilizado como componente na produção de centenas de enzimas relevantes para o metabolismo do corpo, inclusive em funções essenciais, como a formação do DNA e RNA celular.

Especificamente no sistema imunológico, ele ajuda no desenvolvimento dos linfócitos, que são as nossas células de defesa, e também a detectar invasores, ou seja, vírus e bactérias. Sua ação antioxidante é poderosa: ele combate os radicais livres, sendo um aliado para prevenir o envelhecimento das células.

O zinco é tão relevante para elas que, além de atuar no processo de multiplicação das saudáveis, ele auxilia na destruição das deficientes, como é o caso das cancerígenas. Sua função no organismo é requisitada cedo, pois ainda na infância impacta no crescimento, sendo um dos responsáveis pela produção do hormônio GH (hormônio do crescimento).

Quais são os benefícios do zinco para a saúde?

Como todo micronutriente, o zinco apresenta inúmeras vantagens para o organismo. Seu consumo traz melhorias não apenas imediatas, mas, principalmente, a longo prazo, por ele ter potencial antioxidante e combater os radicais livres, defendendo o corpo contra mais de 200 doenças. Entenda melhor a seguir!

Fortalece o sistema imunológico

Apesar de ele participar diretamente de diversos processos importantes, o sistema imunológico é o carro-chefe de sua atuação. Como dissemos, o zinco participa da maturação das células de defesa. São elas que fazem a vigilância do corpo, atentas às ameaças que podem surgir.

Quando estão saudáveis e em quantidade ideal, essas células sinalizam a chegada de vírus e bactérias rapidamente, combatendo-os. Sua ação contra gripes e resfriados é potente, sem falar nos quadros de pneumonia. Em crianças, o mineral ajuda a blindar a ação do antibiótico, permitindo que o medicamento realize sua função sem debilitar tanto o organismo.

Melhora a memória

Quer prevenir o Alzheimer? Inclua zinco na sua alimentação. Já foi comprovado que uma parcela de pessoas com a doença apresenta uma deficiência do mineral. Isso se deve ao fato de que ele é o segundo elemento mais abundante no sistema nervoso central, logo, sua falta faz bastante diferença e pode prejudicar a memória, transformando-a nesse transtorno neurodegenerativo.

Existe um processo chamado estresse oxidativo, ao qual nossas células podem ser submetidas. Ele acontece quando há um desequilíbrio entre a ação dos radicais livres — que danificam as células e as destroem — e a dos antioxidantes — presentes em alguns alimentos e nutrientes, como o zinco.

Por integrar uma enzima superóxido dismutase, ele é um dos principais agentes em favor do nosso cérebro, contribuindo para deixá-lo menos vulnerável. No entanto, o equilíbrio é a chave: a superdosagem também pode facilitar o caminho para a doença, principalmente se for suplementada. A saída é melhorar a alimentação.

Promove o aumento de massa muscular

A ação antioxidante da substância favorece o ganho de massa muscular. Ao praticar musculação, por exemplo, o corpo produz radicais livres, o que, por sua vez, colabora para a fadiga muscular. Assim, o zinco entra em ação para equilibrar esse esforço, levando os músculos a se regenerarem mais rapidamente, além de promover um melhor desempenho na academia.

Além disso, ele atua na síntese de proteínas e no metabolismo de carboidratos e lipídios, ambos essenciais para ampliar o potencial muscular. Com a ingestão correta, a pessoa aumenta a sua resistência e até previne lesões. Por fim, o micronutriente age na produção de hormônios anabólicos, responsáveis pela reparação dos tecidos musculares.

Auxilia na saúde capilar, da pele e das unhas

Diversas vitaminas e minerais são relevantes para o crescimento saudável dos cabelos e das unhas. O zinco é um dos componentes principais dos suplementos vitamínicos voltados para essa finalidade.

A explicação para isso é que atua na formação de queratina e colágeno, proteínas que promovem força, resistência e elasticidade ao fio de cabelo. Logo, além de torná-los mais fortes, também evita sua quebra e queda.

É importante ressaltar que o nutriente apresenta mais resultados quando a causa da queda está relacionada à sua deficiência, a uma alimentação insuficiente. Se for uma razão hormonal, por exemplo, ainda que o zinco possa ajudar a não estender os danos, ele não vai resolver por completo.

A avaliação médica (nesse caso, dermatológica) é sempre o melhor caminho para chegar a um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.

Quais são os sintomas causados pela falta de zinco?

Assim como seu principal benefício está associado à imunidade, sua falta prejudica diretamente esse sistema. Sem ele, o organismo fica mais suscetível ao aparecimento de quadros infecciosos, bem como a seu agravamento, como nos casos de gripe que evolui para uma pneumonia.

Na ausência do mineral, aliado a uma má alimentação, os efeitos são ainda piores. A resistência à insulina é um deles, de doenças inflamatórias, como a diabetes tipo 2. Em crianças, além de comprometer a capacidade cognitiva, o desenvolvimento sexual e físico pode ser atrapalhado.

Como sintoma, é comum que quem esteja com pouco zinco no organismo apresente quadros de diarreia crônica, infertilidade, perda de apetite, dificuldade para cicatrizar machucados e distúrbios neurológicos.

Vale a pena destacar que veganos, pessoas que utilizam anti-inflamatórios regularmente, pacientes que fizeram cirurgia bariátrica ou hemodiálise, idosos e atletas formam um grupo de atenção em relação à obtenção e absorção desse mineral. No caso dos veganos, isso acontece porque as principais fontes são de origem animal.

Já os anti-inflamatórios têm, em sua composição, substâncias que “competem” com o zinco na absorção. Quem passou pela bariátrica ou precisa de hemodiálise, geralmente, tem um baixo nível do componente. Por fim, os atletas o perdem em maior quantidade através da urina e do suor; enquanto os idosos têm dificuldade para absorvê-lo.

Como incluir o zinco no dia a dia?

A quantidade que deve ser consumida por dia foi definida em um periódico chamado Journal of Trace Elementsin Medicine and Biology. De acordo com o registro, as mulheres devem comer de 7mg a 10mg e os homens, de 11mg a 16mg. No caso das crianças, é controlado segundo a faixa etária:

        0 a 4 meses: 1,5mg/dia;

        4 a 12 meses: 2,5mg/dia;

        1 a 4 anos: 3mg/dia;

        4 a 7 anos: 4mg/dia;

        7 a 10 anos: 6mg/dia;

        10 a 13 anos: 9mg/dia (meninos) – 8mg/dia (meninas);

        13 a 15 anos: 12mg/dia (meninos) – 10mg/dia (meninas);

        15 a 19 anos: 14mg/dia (meninos) – 11mg/dia (meninas).

Para mulheres grávidas oulactantes, o consumo deve ser de 9mg/dia a 11mg/dia e 13mg/dia, respectivamente.

Alimentação

O zinco é encontrado tanto em alimentos de origem animal quanto vegetal. No primeiro grupo, é possível obtê-lo na carne vermelha, frango, iogurte e nos frutos-do-mar. Nos vegetais, está presente na semente de abóbora (que pode ser consumida por meio do chá), na linhaça, nos grãos integrais e nas leguminosas, como lentilha e grão-de-bico.

No entanto, para garantir que o mineral realmente vai ser absorvido pelo organismo, é importante submeter esses últimos alimentos ao processo de remolho. Isso consiste em deixá-los submersos em água por 12 horas, trocando-a periodicamente e lavando-os antes do preparo.

Suplementação

Se a alimentação não conseguir suprir essa necessidade, a pessoa deve considerar a suplementação — mas acompanhada por um nutricionista. No mercado há cápsulas e comprimidos disponíveis, assim como a opção de fazer em farmácias de manipulação. Nesse caso, o melhor horário para tomar é em uma refeição com carboidrato, o que facilita sua absorção.

O acompanhamento por um nutricionista vai indicar qual é a sua real necessidade do mineral. A realização de exames de sangue consegue verificar como está essa quantidade no corpo. A principal concentração de zinco está nas células musculares.

Como leu por aqui, a inclusão do zinco na dieta rende inúmeros benefícios, desde a prevenção de sérias doenças até a manutenção de massa muscular e a saúde óssea. Ele é essencial em qualquer idade. Avalie como está sua alimentação e como pode incluí-lo no dia a dia. Seu sistema imunológico vai agradecer no futuro!

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Conteúdo revisado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas.



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