O comportamento sedentário não é legal para ninguém. Afinal, manter o corpo em movimento é fundamental para garantir bem-estar e reduzir os riscos de diversas doenças, como diabetes, pressão alta e problemas no coração. Aliás, quando a idade vai chegando, esse cuidado é ainda mais importante. É nesse momento que entra a relação entre atividade física e envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural e inevitável. O problema é que esse período é repleto de mudanças fisiológicas e metabólicas que podem afetar a nossa qualidade de vida. Fazer atividades físicas é uma forma de driblar esses efeitos negativos para continuar aproveitando a vida.
A seguir, vamos explicar melhor a relação entre atividade física e envelhecimento humano na busca pelo envelhecimento saudável e funcional. Tem até dicas de exercícios para a terceira idade. Confira!
Qual a importância da atividade física para um envelhecimento saudável?
À medida que envelhecemos, enfrentamos uma série de mudanças fisiológicas e metabólicas. Esse é um processo natural que resulta em diminuição da força muscular, redução de densidade óssea, perda de flexibilidade e menor resistência cardiovascular.
A atividade física regular pode ajudar a minimizar esses efeitos negativos. Ainda tem a questão da saúde mental do idoso. A atividade física é ótima para combater o estresse, a depressão, evitar o declínio cognitivo e promover o bem-estar geral.
Quais os objetivos da atividade física na terceira idade?
Para os idosos, fazer atividade física é uma forma de promover saúde, melhorar a qualidade de vida e garantir independência e autonomia - poder de decisão, para atividades simples do dia a dia. Entenda!
Aumentar a longevidade
De acordo com um estudo publicado pela British Journal of Sports Medicine, fazer atividade física seis vezes por semana pode reduzir em 40% o risco de mortalidade em idosos.
O estudo acompanhou 12 anos da vida de homens e constatou que os indivíduos mais ativos viviam até cinco anos mais que os sedentários. Sendo assim, fazer atividade física aumenta a longevidade.
Garantir maior mobilidade e flexibilidade
Só para esclarecer, a mobilidade é a capacidade de realizar movimentos amplos, por exemplo, agachar sem tirar o calcanhar do chão. Já a flexibilidade está relacionada ao alongamento dos músculos, habilidade fundamental para pegar aquela vasilha que fica na parte mais alta do armário.
Essas capacidades são perdidas devido às mudanças naturais que ocorrem no corpo com o passar do tempo. As atividades físicas ajudam a manter essas habilidades para o idoso ter uma melhor qualidade de vida.
Evitar quedas
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as quedas estão entre as principais causas de morte por lesões não intencionais entre a população idosa. E isso acontece por diversos motivos, como diminuição da força muscular, arritmias, osteoporose e alteração da pressão arterial.
A atividade física traz benfeitorias em todos esses quadros, além de melhorar o equilíbrio e a coordenação motora. Então, manter o corpo em movimento é importante para evitar quedas que podem comprometer a mobilidade do idoso.
Manter a capacidade funcional
A capacidade funcional nada mais é que a habilidade de realizar as atividades do dia a dia, de maneira independente. Por exemplo: agachar para pegar uma roupa no chão, levantar-se da cama, ir ao banheiro, vestir roupa e puxar uma porta.
E como as atividades simulam esses movimentos naturais, o idoso adquire força, flexibilidade e mobilidade para realizar as tarefas diárias com segurança.
Reduzir as chances de declínio cognitivo
Memória, aprendizado, raciocínio, atenção, linguagem, orientação espaço temporal e processo de tomada de decisões. Todas essas habilidades mentais são adquiridas ao longo da vida e podem sofrer uma queda durante a velhice.
A atividade física consegue retardar esse processo natural porque aumenta o fluxo sanguíneo e libera substâncias neuroprotetoras para manter a saúde cerebral.
Melhorar a saúde mental
A atividade física promove a liberação de endorfinas — neurotransmissores associados à sensação de prazer e bem-estar. Logo, ao movimentar o corpo, os idosos podem sofrer menos com estresse, ansiedade e depressão.
Sem contar que, quando praticadas em grupo, as atividades proporcionam momentos de interação social. E o convívio em sociedade é importante para a saúde mental e qualidade de vida do idoso.
Qual a relação entre a adaptação física e o envelhecimento?
Conforme já falamos por aqui, com o passar dos anos, o corpo passa por mudanças graduais em sua capacidade de se adaptar a estímulos externos. Isso pode resultar em uma resposta mais lenta às atividades e em uma maior necessidade de atenção à forma, intensidade e duração das práticas físicas.
Aliás, a lógica vale para quem já mantém uma rotina de exercícios e para aqueles que querem começar agora. De toda forma, nossa recomendação é procurar um médico para fazer uma avaliação geral. Na oportunidade, o profissional vai investigar eventuais problemas de saúde para determinar se o seu corpo está apto para as atividades.
Outra dica importante é começar com calma. Vale até contar com o apoio de um profissional de educação física para a elaboração de um programa personalizado e ter um acompanhamento mais próximo.
Quais atividades físicas são ideais para os idosos?
Antes de tudo, vale lembrar que as atividades físicas ideais para os idosos variam conforme a condição física, as preferências individuais e necessidades específicas.
Nesse contexto, dá para fazer exercícios na academia, ao ar livre, na piscina e até aproveitar a brincadeira com os netos para realizar atividade física. Em todo caso, vamos dar algumas sugestões para a terceira idade:
caminhada — passadas ritmadas por 30 minutos, cinco vezes por semana - você pode realizar por menos tempo, ou fracionar em 2 ou 3 momentos no decorrer do dia para começar. A atividade contribui para o fortalecimento dos músculos, das articulações e melhora o ritmo cardíaco;
musculação — exercício com cargas leves ou com o peso do próprio corpo, de preferência, realizado na academia com acompanhamento profissional;
ioga — prática que combina exercícios físicos de força, equilíbrio, flexibilidade, técnicas de respiração e medicação para promover a saúde física e mental;
pilates — com movimentos de baixo impacto, a atividade é recomendada para fortalecimento geral do corpo e para melhorar a flexibilidade, o equilíbrio e a mobilidade;
hidroginástica — exercício aeróbio e de força realizado debaixo d'água. Como é uma atividade de baixo impacto, é legal para quem sofre com problemas nas articulações, como artrose e osteoporose;
alongamento — atividade que promove a manutenção dos níveis de flexibilidade e proporciona a realização dos movimentos de amplitude normal, com o mínimo de restrição física possível. É uma excelente prática para flexibilidade, alívio do estresse, controle de dores musculares e prevenção de lesões;
dança — além dos benefícios relacionados à força muscular, flexibilidade e mobilidade, a atividade em grupo favorece a socialização e a estimulação cognitiva.
Por fim, atividade física e envelhecimento tem tudo a ver, pois a movimentação corporal é importante para passar pela terceira idade com saúde e disposição. Nesse contexto, nossa recomendação é fazer uma avaliação médica antes de começar, visando identificar doenças que podem apresentar riscos à prática, combinado?
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Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.