Você já ouviu
falar na dieta carnívora? Nos últimos anos, esse método alimentar tem ganhado
alguns adeptos, especialmente entre pessoas que buscam a perda de peso. Mas
será que é realmente saudável?
Leia o artigo
para entender quais são os alimentos consumidos nessa dieta e seus possíveis
efeitos no corpo.
A dieta
carnívora é baseada exclusivamente em alimentos de origem animal, eliminando
vegetais, grãos, farináceos e açúcares refinados. O foco está no consumo de
carnes, peixes, ovos e, em algumas versões, são permitidos também alguns
laticínios. O objetivo é reduzir ao máximo a ingestão de carboidratos, fazendo com que o corpo utilize
proteínas e gorduras como principal fonte de energia.
Os alimentos
permitidos incluem diferentes cortes de carne bovina, suína e de frango, além
de manteiga e caldos. Produtos ultraprocessados, como presunto, salsicha e
linguiça com aditivos, costumam ser evitados. Durante a adaptação, é preciso
manter uma boa hidratação, e algumas pessoas incluem caldo de ossos e
eletrólitos para repor minerais.
Os efeitos de
qualquer mudança alimentar profunda podem variar de pessoa para pessoa. Alguns
dos principais questionamentos em relação à dieta carnívora envolvem a ausência
de fibras, o alto consumo de gorduras e possíveis impactos metabólicos. Algumas
pessoas se adaptam bem, enquanto outras podem enfrentar sintomas como fadiga e
desconfortos digestivos, especialmente no início.
Ainda há poucos
estudos sobre os efeitos dessa dieta a longo prazo. A eliminação de alimentos ricos em vitaminas e minerais também
podem trazer sérios comprometimentos à saúde a médio e longo prazo.
A dieta
carnívora pode levar à perda de peso rápida principalmente pela grande redução
de carboidratos, que diminuem os níveis de insulina e estimulam a queima de
gordura. Esse processo, conhecido como cetose, faz com que o corpo utilize
gordura como principal fonte de energia.
No entanto, nem
todos entram nesse estado, já que o excesso de proteínas pode ser convertido em
glicose pelo organismo. Além disso, a ausência de fibras pode impactar o
metabolismo e a microbiota intestinal.
O alto consumo
de proteínas também aumenta a saciedade e exige mais energia para digestão, o
que pode elevar o gasto calórico. Entretanto, os resultados variam conforme
fatores individuais, como composição corporal e prática de exercícios físicos.
A adaptação à
dieta carnívora pode causar efeitos como fadiga, constipação e mudanças no
metabolismo. A ausência de carboidratos reduz os estoques de glicogênio, o que
pode afetar a energia e o desempenho físico. Além disso, o alto consumo de
gorduras saturadas pode aumentar os níveis de colesterol.
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Leia também: Entenda os
riscos do colesterol alto para a saúde
Em resumo, a
dieta carnívora pode até ser uma estratégia para perda de peso, mas
definitivamente é adequada para todos e tampouco sustentável a longo prazo.
Mais importante ainda: lembre-se de que é fundamental buscar acompanhamento
médico adequado antes de fazer qualquer dieta, para avaliar possíveis riscos e
garantir o equilíbrio nutricional adequado.
O mais
indicado, sempre, é buscar o equilíbrio. Pensando nisso, aproveite para ler
também o nosso artigo sobre como manter uma dieta saudável e ter uma alimentação equilibrada.