Os exercícios físicos regulares promovem diversos benefícios à saúde, incluindo o controle do peso corporal e da gordura; diminuição dos níveis de colesterol, LDL e triglicérides; melhora de sono, cognição, atenção e concentração; redução da ansiedade, estresse e depressão; promoção de relaxamento, além de minimizar a probabilidade de diversas condições, como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e muito mais.
Além disso, para indivíduos com hipertensão, o exercício físico é uma ferramenta não medicamentosa e de fácil acesso, capaz de contribuir com a redução expressiva na pressão arterial em situação de repouso, trazendo efeito protetor contra infartos e acidentes vasculares.
Por isso, preparamos um post aprofundando
mais nessa questão. Continue a leitura para conferir!
O que é hipertensão?
A hipertensão, chamada popularmente de pressão alta, é uma condição patológica que pode causar sérios riscos à saúde humana. Ela ocorre quando os vasos sanguíneos perdem parte da sua capacidade de elasticidade ou ficam mais estreitos, podendo haver a formação de placas de ateroma (acúmulo de lipídios, produtos sanguíneos, tecido fibroso e cálcio na parte interna dos vasos), prejudicando o fluxo e podendo causar oclusões, que prejudicam a chegada do sangue aos tecidos e órgãos e, também, junto com aumento da pressão arterial, podem causar rompimento de vasos sanguíneos nos casos mais graves.
Na prática, podemos identificar que a
hipertensão arterial ocorre quando são aferidas medições acima de 140 x 90 mmHg, feitas em dias e horários diferentes.
Caso isso ocorra, seu médico precisa considerar as possíveis condutas
terapêuticas e medicamentosas para prevenir complicações graves, como infartos
e AVCs.
Quais são os principais
sintomas da hipertensão?
Um dos grandes problemas da pressão alta é que, dependendo do caso, ela pode surgir silenciosamente, sem a manifestação de nenhum sintoma físico. Por isso, o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos são muito importantes, sobretudo se você tem histórico familiar de hipertensão.
Além disso, existem alguns sinais e
sintomas que indicam que você deve redobrar a atenção, como aferições acima de
140 x 90 mmHg, dor no peito, dores de cabeça, dores na nuca, enjoos, tonturas,
sangramentos pelo nariz, zumbido nos ouvidos, dificuldade para respirar, visão
embaçada, cansaço, desmaios, perda de consciência, entre outros. Nestes casos,
é crucial procurar atendimento médico com urgência.
Como a atividade física pode
ajudar no tratamento da hipertensão?
A atividade física regular e feita de forma adequada contribui para a manutenção do peso corporal, evitando acúmulo excessivo de gordura, bem como alterações indesejadas e nocivas ao metabolismo e ao sistema cardiovascular.
Assim, pessoas mais ativas e praticantes de exercícios físicos possuem uma composição corporal mais adequada e passam a apresentar adaptações favoráveis, como a redução da frequência cardíaca de repouso e prevenção do aumento da resistência nos vasos sanguíneos, contribuindo para redução da pressão arterial. Portanto, o treinamento regular e moderado faz parte das recomendações e da conduta prescrita para a maioria dos pacientes.
Vale destacar que, durante os exercícios
físicos, é normal que a pressão sistólica se eleve. No entanto, trata-se de uma
reação fisiológica esperada que cessa logo após o esforço. De qualquer maneira,
é sempre relevante e recomendável passar por uma avaliação médica antes de
começar e obter orientações e recomendações pontuais de um profissional de
educação física..
Você sabia que os exercícios
físicos são ótimos para hipertensos?
Com a prática regular de atividades físicas, é esperado que, durante o repouso, a pressão arterial se mantenha mais baixa que os valores iniciais, o que reduz a possibilidade de eventos cardiovasculares e, consequentemente, as mortes relacionadas à hipertensão.
Os hipertensos que alcançam as recomendações de práticas de atividades físicas para a saúde apresentam uma redução de 27 a 50% no risco de mortalidade, mas níveis menores também apresentam efeito benéfico, de acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão de 2020.
É importante saber que esse efeito
regulatório benéfico é mais eficiente em estágios leves ou moderados de
hipertensão, podendo, até mesmo, permitir ajustes nas terapias medicamentosas
em alguns casos.
Quais são os melhores
exercícios para quem tem pressão alta?
Para indivíduos com pressão
arterial alta, os exercícios aeróbios devem ser priorizados, pois
contribuem de forma mais significativa para a redução da pressão arterial em
situação de repouso. Contudo, os exercícios resistidos devem ser acrescentados
como complementares. Veja a seguir!
Atividades aeróbicas
As atividades aeróbicas costumam ser as campeãs de recomendações quando falamos nos melhores exercícios para quem tem pressão alta, pois além da redução da pressão também melhoram as capacidades cardiorrespiratórias.
O mais indicado é que sejam feitas em
intensidade leve a moderada ("sensação de leve cansaço, quando se consegue
conversar, mas já não consegue cantar uma música"), sobretudo por
iniciantes, entre 30 e 60 minutos por sessão e de 3 a 5 vezes por semana. Outro
ponto forte é a grande variedade de opções, que permite escolher entre
caminhada, corrida, natação, hidroginástica, esportes coletivos, entre
outros.
Exercícios resistidos
Há algum tempo, a musculação era contraindicada para pessoas que sofriam de hipertensão, porque se acreditava que ela poderia aumentar, ainda mais, a pressão. Entretanto, o conhecimento científico avançou e, atualmente, ela pode ser perfeitamente recomendada, sempre com uma avaliação médica prévia e orientações de um profissional de educação física.
Contudo, é importante lembrar que exercícios resistidos podem ser feitos em outras atividades, como o pilates por exemplo. A recomendação é que sejam realizados de 2 a 3 vezes na semana, priorizando grandes grupos musculares e sob supervisão do profissional de educação física.
Outro ponto importante é evitar prender o
ar (a chamada "manobra de Valsalva") durante a atividade, pois isso
evita aumento excessivo e indesejado da pressão arterial. Ou seja, mantenha a
respiração ritmada e contínua.
Ioga e meditação
A prática regular de ioga e meditação pode ser muito positiva para quem sofre de hipertensão e não é difícil imaginar o porquê. Entre as diversas abordagens de tratamento não medicamentoso para a doença, essa é uma das mais consagradas e produz efeitos benéficos quase imediatamente.
Vários hormônios ligados ao estresse e à ansiedade promovem o aumento da pressão arterial, o que é muito comum com o estilo de vida corrido e exigente que temos atualmente. Mesmo meditando em períodos curtos, de 10 a 20 minutos, já dá para notar a diferença, com a promoção das sensações de bem-estar e relaxamento.
Como você pôde ver, começar a praticar atividades físicas não só é recomendável para completar e potencializar o tratamento da hipertensão, como também pode promover uma série de mudanças positivas na sua saúde. Para isso, no entanto, é fundamental buscar a orientação de um cardiologista e de um profissional de educação física, para que tudo seja feito da forma mais segura possível.
Gostou de aprender sobre como a atividade física pode ajudar no tratamento da hipertensão? Saiba que você pode obter ainda mais conhecimento e, principalmente, um suporte completo em relação a essa doença com o programa Viva Sem Pressão, da Medicina Preventiva. Em uma série de encontros online, você, beneficiário Unimed Campinas, poderá desfrutar de todo o auxílio em saúde oferecido por nossa equipe multidisciplinar. Conheça e se inscreva!
Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.