Muito mais do que um cheirinho bom, a
aromaterapia é uma técnica que traz diversos benefícios à saúde. Com pesquisas
que comprovam sua eficácia, esse método consiste na utilização de óleos
essenciais que, por meio da inalação ou contato com a pele, provocam estímulos
emocionais e fisiológicos.
Reconhecida e utilizada como prática
complementar aos tratamentos tradicionais pelas principais organizações de
saúde, a aromaterapia vem conquistando cada vez mais adeptos. Quer saber mais
sobre essa técnica? Acompanhe!
O que é aromaterapia?
Como o próprio nome já diz, a aromaterapia é uma técnica que utiliza óleos essenciais para auxiliar o tratamento de alguns problemas de saúde. A prática surgiu com esse nome em 1920, na França, pelas atividades do químico Maurice René, embora há mais de 2.000 a.C. a medicina ayurveda já tenha registros do uso de produtos naturais em função da melhora da saúde. Há ainda quem relacione a aromaterapia como uma atividade derivadas de outra técnica muito conhecida: a fitoterapia.
A International Federation Aromatherapists classifica a aromaterapia como uma arte e ciência que mistura óleos essenciais derivados de plantas com o objetivo de equilibrar e promover mais saúde, tanto ao corpo quanto à mente. Essa definição é reforçada por pesquisas realizadas à técnica, que têm revelado diversos benefícios para a saúde física, mental e emocional dos adeptos.
A OMS (Organização Mundial da Saúde)
reconhece a prática como um recurso terapêutico, o que a torna complementar a
outros tratamentos de saúde. Já no Brasil, o SUS (Sistema Único de Saúde)
utiliza a aromaterapia como uma prática integrativa e complementar.
Como os óleos essenciais atuam
no emocional?
Apesar de alguns céticos ainda questionarem a eficiência da aromaterapia, sua atuação no organismo humano provoca reações fisiológicas e psicológicas, capazes de estimular tanto o bom funcionamento do corpo quanto as emoções do indivíduo. Os resultados são confirmados por pesquisas científicas, que vêm sendo realizadas desde o início do século XX.
O que acontece é que as partículas encontradas nos óleos essenciais, quando inaladas, estimulam as células do sistema nervoso. Ao receber o estímulo, o sistema límbico, responsável pelas emoções, é ativado. O resultado é a sensação de conforto e bem-estar, melhorando os sintomas de quadros como Burnout e insônia.
Já quando a aplicação é feita na pele, as
substâncias que compõem cada óleo podem ajudar também em aspectos fisiológicos.
Ação antiviral, antibacteriana ou cicatrizante são alguns exemplos dos
benefícios derivados do uso dos óleos essenciais.
Quais são os benefícios da
aromaterapia?
Normalmente, a aromaterapia está mais relacionada aos efeitos causados nas emoções das pessoas. Nesse sentido, podem ser apontados vários benefícios que ajudam no tratamento de alguns problemas psicológicos.
Alguns dos principais efeitos provocados pelo uso de óleos essenciais é a promoção do relaxamento, o que também melhora problemas como dores e fadigas causadas pela tensão muscular. Além disso, a aromaterapia pode ajudar no controle do estresse e da ansiedade, no estímulo da memória e no aumento da concentração.
Para as mulheres, a técnica traz ainda mais benefícios. O uso dos óleos essenciais ajuda a melhorar os sintomas da TPM e da menopausa, sejam eles fisiológicos ou emocionais. E para quem busca por tratamentos de saúde preventiva a doenças, a aromaterapia ainda pode ajudar a potencializar as defesas naturais do organismo.
É importante ressaltar que os benefícios da
aromaterapia só são obtidos pelo uso de óleos essenciais naturais. As essências
artificiais, apesar de terem um aroma semelhante, não possuem as partículas
responsáveis pelo estímulo do organismo e, por isso, não provocam os mesmos
efeitos.
5 óleos essenciais para
praticar aromaterapia
Antes de escolher qual o óleo essencial mais indicado para o seu problema, fica um aviso: o acompanhamento de um profissional especializado na prática da aromaterapia é fundamental. Isso porque, alguns óleos devem ser evitados em certos casos, como em gestantes, crianças e idosos.
Veja alguns dos óleos essenciais mais
famosos e seus benefícios!
1. Lavanda
Este óleo essencial talvez seja o mais
conhecido entre quem busca pela aromaterapia. A lavanda é bastante indicada para
pessoas com quadro de ansiedade ou insônia. Entre seus benefícios estão a
sensação de relaxamento, paz e tranquilidade.
2. Laranja-doce
Em relação aos benefícios que o óleo
essencial de laranja doce pode promover ao emocional, estão o sentimento de
autoconfiança e o combate a sensações de inquietude e ansiedade. Além disso,
ajuda a ter um sono mais tranquilo, principalmente no caso das crianças. Já os
benefícios fisiológicos desse óleo estão principalmente relacionados à sua ação
diurética, antiespasmódica e digestiva.
3. Limão siciliano
Além de ajudar a aumentar a imunidade, o óleo essencial de limão siciliano
proporciona a sensação de clareza, ânimo e organização, ajudando a amenizar a
angústia. Porém, o uso desse óleo requer alguns cuidados: assim como qualquer
derivado de cítricos, ele é fotossensível. Isso significa que, após
administrá-lo, deve-se evitar a exposição ao sol por até 6 horas.
4. Alecrim
O óleo essencial de alecrim é ideal para
quem está na fase de estudos para testes ou concursos importantes. Isso porque
ele ajuda na concentração e na memorização, aprimorando a capacidade de
aprendizado. Além disso, promove a sensação de ânimo e disposição, auxiliando
na melhora de pessoas que se sentem deprimidas.
5. Bergamota
Conhecido como óleo essencial do amor
próprio, o aroma da bergamota ajuda a reduzir o sentimento de insegurança e
ansiedade. Além disso, equilibra as emoções e promove mais tranquilidade à
pessoa. Esse óleo também é muito utilizado como antisséptico, digestivo e
cicatrizante. No entanto, por ser cítrico, também requer cuidados quanto à
exposição ao sol após o uso.
Como fazer aromaterapia?
Opções de óleos essenciais não faltam, e o
mesmo acontece para as formas de utilização dos aromas. Seja por meio da
inalação ou da aplicação na pele, as possibilidades são várias e se adequam a
todo tipo de necessidade. Saiba quais são elas a seguir.
Inalação
O simples fato de inalar o aroma do óleo
essencial, diretamente do frasco, faz com que as substâncias ativadoras do
sistema límbico ajam rapidamente. É possível fazer inalações curtas — de 3 a 7
seguidas, várias vezes ao dia — ou mais longas — de 10 a 15 minutos de
respiração, de 2 a 3 vezes ao dia.
Aromatizador
Para quem tem o aparelho aromatizador, basta
pingar de 2 a 3 gotas do óleo, diluído em água. O vapor exalado libera o aroma
pelo ambiente, garantindo o efeito benéfico por algumas horas.
Evaporação
Este método consiste em pingar algumas
gotas do óleo essencial em algodão, compressa ou em um pano limpo, e deixar que
ele evapore aos poucos, liberando o aroma.
Sprays
É possível diluir algumas gotas do óleo em
água e envasar a mistura em um frasco com válvula de spray. Depois, basta
borrifar em qualquer ambiente, lembrando de chacoalhar o conteúdo antes.
Massagem
Para utilizar os óleos essenciais direto na
pele, basta misturar alguma gotas a um óleo vegetal próprio para massagem e
aplicar na área do corpo desejada.
Banho
Em banhos de imersão, algumas gotas dos óleos essenciais podem ser misturadas à água. Isso faz com que os benefícios sejam aproveitados por meio da inalação e do contato com a pele.
A aromaterapia pode ser uma grande aliada no tratamento de diversas doenças. Com eficácia comprovada cientificamente e poucas contraindicações, essa técnica simples e versátil é uma excelente alternativa na busca por mais conforto e bem-estar.
Conhece alguém que poderia se beneficiar das propriedades da aromaterapia? Compartilhe este conteúdo nas suas redes sociais e ajude mais pessoas a conhecerem a técnica!
Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.