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Crise de ansiedade: veja dicas de como agir para aliviar os sintomas

Saúde Emocional

Crise de ansiedade: veja dicas de como agir para aliviar os sintomas

Especialmente nos últimos anos, com o agravante de uma pandemia, nossa sociedade se viu diante de um aumento avassalador de crises de ansiedade.

Infelizmente, não é incomum encontrar quem já tenha sentido as terríveis sensações causadas por esse transtorno mental. Especialistas, inclusive, já chamam de segunda pandemia, uma de saúde mental, devido ao aumento da ocorrência de quadros de ansiedade pós-pandemia.

Mas, diante de tantos casos, como lidar com esse problema? Não é tão simples, mas vamos tratar sobre o assunto neste artigo. Acompanhe a leitura e descubra o que é crise de ansiedade, como identificar e dicas para amenizar os sintomas desse transtorno.

O que é crise de ansiedade?

A ansiedade, assim como o estresse, é natural e até esperada em algumas circunstâncias. O que não é normal é quando está constantemente presente no dia a dia e faz com que a pessoa se veja presa em determinadas situações que causam medo, temor ou desespero.

É pelo desencadeamento dessas sensações que uma crise de ansiedade se manifesta por meio de sintomas como taquicardia e falta de ar. Em nossa mente, estamos lidando com uma situação grave, e o medo de seus desdobramentos e consequências eleva o potencial da crise, gerando um sentimento de angústia e falta de controle.

Esses sinais podem se apresentar tanto física quanto psicologicamente, mas, por estarem associados às nossas emoções, o impacto mental é maior. Tudo começa na mente, na preocupação que se transforma em aflição e, diante disso, o corpo pode responder, por exemplo, com suor frio, aceleração dos batimentos cardíacos, dor de cabeça, entre outros sintomas.

Como identificar uma crise de ansiedade?

Paralelamente ao aumento dos transtornos de ansiedade, também cresceram consideravelmente os casos de síndrome de pânico, afinal, é possível afirmar que ela tem a ansiedade como princípio. No entanto, é importante que as pessoas saibam como diferenciar cada uma.

A crise de ansiedade, geralmente, está associada a alguma atividade ou situação. O ansioso se sente excessivamente preocupado acerca de uma circunstância. Essa perturbação desproporcional acaba por chegar ao ápice, causando um aumento de adrenalina na corrente sanguínea, que leva a taquicardia, dor no peito, respiração ofegante, insônia, agitação nos membros, entre outros sintomas.

Já o ataque de pânico costuma acometer pessoas que já têm um histórico de crises de ansiedade, mas que, sem o devido tratamento ou acompanhamento médico, se tornam ainda mais vulneráveis, aumentando a frequência dos episódios de crise. Os sintomas são similares, mas durante o ataque de pânico é comum que a pessoa tema a própria morte, tendo pensamentos catastróficos e uma sensação de irrealidade.

Quais são os tipos de ansiedade?

À medida que os profissionais de saúde mental estudam sobre esse transtorno, ele se mostra mais complexo e ramificado. Hoje, os tipos de ansiedade mais conhecidos são a síndrome do pânico, o transtorno de ansiedade generalizado, o estresse pós-traumático e a fobia social. Veja detalhes a seguir.

Síndrome do pânico

O ataque de pânico dura apenas alguns minutos, mas, para quem o vivencia, parece uma eternidade. Tomada por uma sensação de desespero e medo, a pessoa se sente paralisada por alguns momentos e não consegue realizar nenhuma atividade, pois seus pensamentos estão voltados para desfechos terríveis.

Geralmente, a pessoa começa a suar e o coração acelera. Além disso, o acometimento é repentino, ou seja, pode aparecer a qualquer instante.

TAG– Transtorno de Ansiedade Generalizado

Como o próprio nome indica, o transtorno é generalizado, estando presente em qualquer situação rotineira. A pessoa convive com a ansiedade, demonstrando-a frequentemente. Nas crises, é comum que ela fique agitada, tenha dificuldade para se concentrar e apresente tremores ou espasmos.

Estresse pós-traumático

Esse tipo de ansiedade está associada a algum trauma. É desencadeado por uma situação que tenha marcado profundamente a pessoa, como ter presenciado uma cena chocante, um assalto, um sequestro etc. A pessoa revive o trauma sucessivas vezes em sua mente, trazendo as mesmas sensações de horror e medo, como sentidas na primeira vez.

Fobia social

O transtorno de ansiedade social, ou fobia social, foi um dos que mais acometeram pessoas no período da pandemia. O isolamento por vários meses prejudicou a habilidade de socializar, fazendo com que muita gente tivesse dificuldade para retomar a vida normal, convivendo com outras pessoas.

Quem tem fobia social costuma evitar situações que a coloquem como destaque, como falar em público ou fazer contato visual com outras pessoas. Ao se imaginar nessas situações, a pessoa pode sentir tontura, dor de cabeça e até ter uma diarreia devido ao nervosismo.

Como lidar com uma crise de ansiedade?

Ao identificar os sintomas acima, a recomendação mais eficaz é procurar ajuda psicológica. Eventualmente, será necessário contar com um psiquiatra também, pois é a especialidade médica habilitada a receitar remédios quando for preciso controlar os sintomas de doenças mentais.

No entanto, em casos mais leves, é possível se valer de algumas estratégias para controlar uma crise de ansiedade. O autoconhecimento permite que a pessoa perceba os primeiros vestígios e, assim, há menos dificuldade em agir para contornar a crise.

A seguir, mostramos algumas formas de minimizar os sintomas de uma crise de ansiedade.

Pratique exercícios físicos

Já foi comprovado que pessoas com estilo de vida ativo são até 60% menos suscetíveis a desenvolver quadros de ansiedade. Então, procure uma atividade com a qual se identifique e comece a praticá-la já!

Procure ajuda profissional

A ansiedade é uma doença e deve ser tratada como tal. Psicólogos e psiquiatras são os profissionais recomendados para acompanhar esse tipo de quadro. O psiquiatra vai indicar a periodicidade de sessões de terapia e/ou a dosagem dos medicamentos para iniciar o tratamento.

Faça exercícios de respiração

No momento da crise, o maior aliado é a respiração. Aos poucos, ela vai oxigenar a mente e fazê-la ficar menos agitada. Portanto, relaxe os músculos e inspire pelo nariz por 4 segundos. Em seguida, vá soltando o ar lentamente. Repita o processo algumas vezes.

Busque ambientes tranquilos

O barulho ou a presença de outras pessoas pode piorar uma crise, já que se torna mais difícil de a mente se aquietar e recuperar o controle. Assim, quando perceber que a crise se aproxima, procure um ambiente tranquilo, onde seja possível fazer o exercício de respiração e se acalmar.

Distraia-se

Procurar uma distração é uma forma inteligente de desviar a atenção da sua mente do que está provocando a crise. Achar uma atividade tranquila, que traga prazer e distração pode ajudar. Gosta de cozinhar? Caminhar ao ar livre? Há alguém para quem possa ligar e conversar rapidamente sobre o que está sentindo? Essas medidas podem agilizar o fim da crise.

Se não for controlada, a crise de ansiedade pode progredir para um ataque de pânico, por exemplo, e causar muitos danos à saúde mental e à vida do indivíduo.

Se você se identificou com o tema deste artigo, não hesite em buscar ajuda profissional para tratar a raiz desse mal e aprender a lidar com ele de maneira mais equilibrada.

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Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas. 

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