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Não consigo amamentar, e agora? Saiba por que cuidar da saúde emocional

Saúde Emocional

Não consigo amamentar, e agora? Saiba por que cuidar da saúde emocional

Não consigo amamentar meu recém-nascido, o que fazer? Esse é um receio que muitas mulheres compartilham tanto na gestação quanto no puerpério. Afinal, além de permitir a alimentação adequada ao filho, esse é um momento muito esperado pelas mães para se vincularem ao bebê e criarem lembranças especiais desse período da maternidade.

Pensando nisso, vamos mostrar como a saúde emocional pode ser um dos fatores por trás dessa dificuldade, o que fazer ao identificar essa situação e como cuidar do seu bem-estar psicológico. Acompanhe cada tópico!

Por que cuidar da saúde emocional durante a amamentação?

Abaixo, você vai conferir alguns dos principais motivos para dar uma atenção especial à sua saúde emocional, entendendo como ela influencia várias etapas iniciais da maternidade.

Garantir uma boa recuperação no pós-parto

Cuidar do bem-estar psicológico e emocional é muito importante para a recuperação no pós-parto. Afinal, esse é um fator que impacta diretamente a qualidade do sono, o controle do peso, a regulação da alimentação e a manifestação do humor.

Melhorar a disposição física e psicológica no puerpério

Com a saúde emocional em dia, a mulher fica menos suscetível à fadiga física e mental. Isso faz toda a diferença durante o puerpério, que é um período de constante adaptação e construção de uma nova rotina familiar.

Dessa forma, ter disposição para se empenhar ativamente nesse processo permite uma vivência bastante positiva da maternidade. Basta lembrar que é nessa fase que se inicia a amamentação, que ocorre nos mais diversos horários.

O lar também sofre mudanças para receber o recém-nascido com conforto e segurança, o pai e a mãe se dedicam intensivamente aos cuidados diários que o bebê demanda, o calendário de vacinação do pequeno começa. São muitas responsabilidades.

Evitar problemas com a amamentação

A terceira razão é que estar com o emocional abalado ou instável pode gerar uma dificuldade com o aleitamento materno, ainda mais quando falamos do estresse e da depressão, como revela estudo da Universidade Federal do Paraná. Esses quadros são responsáveis pela baixa produção de leite e a impossibilidade de amamentar de forma regular.

Diminuir a ocorrência de transtornos mentais

Além do que já foi falado, é importante mencionar que, ao cuidar da saúde emocional, a mulher consegue lidar melhor com preocupações, dúvidas e, inclusive, medos que acompanham a maternidade. Em particular, para as mães de primeira viagem e para as que não tiveram uma gravidez planejada.

Por exemplo, questionamentos sobre a situação financeira do lar, incertezas quanto às mudanças vividas no corpo e temor em relação à própria capacidade de cuidar do recém-nascido. Estes se tornam gatilhos geradores de ansiedade, estresse, nervosismo e desamparo que podem desencadear o aparecimento de diversos transtornos mentais.

É o caso do transtorno de ansiedade, insônia, compulsão alimentar e depressão pós-parto. Esse último, por exemplo, atinge cerca de 26,3% das mulheres que se tornam mães no Brasil, como indica pesquisa da Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde. É um número elevado e que só reforça a necessidade de falar sobre saúde emocional antes e depois da gravidez.

Quais as dificuldades na amamentação?

Não consigo amamentar porque dói muito, o que fazer? Entre os principais problemas que impedem a amamentação adequada está a dificuldade da pega, o que pode ocasionar dor e desconforto para as mulheres. Porém, com a devida prática e orientação dos profissionais de saúde, isso pode ser superado por completo.

Outro caso comum é a mastite, uma condição inflamatória ocasionada pela retenção do leite materno nas mamas. Isso faz com que ele atinja o famoso quadro de “empedramento”, que gera dor, hipersensibilidade e dificuldade para continuar a amamentar.

O que fazer se não consigo amamentar?

Ao perceber que não consegue amamentar, é importante que você faça uma análise da sua rotina para ter uma noção de como esteve o seu emocional ao longo do tempo. Essa prática também é útil para avaliar se houve um adoecimento recente ou alguma questão física e alimentar que possa ter ligação com o desmame precoce.

Feito isso, você deve procurar atendimento com o médico pediatra que vai acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do seu bebê. Assim, o profissional vai orientar sobre os próximos passos, sugerindo, por exemplo, avaliações clínicas e encaminhamento para um profissional especialista em amamentação, como por exemplo, um enfermeiro obstétrico.

Diante disso, ele vai indicar — se necessário — intervenções para assegurar a alimentação do seu filho. É o caso do uso de fórmulas infantis ou o acesso aos serviços do Banco de Leite Humano da sua região.

Independentemente de ser algo definitivo ou não, tenha em mente que a amamentação não é a única forma de criar vínculos com o seu pequeno. Você poderá construir laços e viver experiências únicas com o bebê de outras formas.

Por exemplo, estando presente quando ele der o primeiro sorriso para você, quando vocês passarem o primeiro Dia das Mães juntos, quando ele começar a engatinhar e a andar, quando ele disser as primeiras palavras e muitos mais. A maternidade é construída diariamente, a cada novo momento — e você, certamente, estará em vários deles.

Como cuidar da saúde emocional durante este período?

O bem-estar emocional pode ser cuidado de diferentes formas. A começar pela construção de uma rede de apoio de amigos e familiares que vão te ajudar e apoiar, em especial, durante o puerpério. Ele também é trabalhado quando você consegue reservar momentos do seu dia para descansar, ter lazer e, inclusive, momentos de ócio.

O acompanhamento com um psicólogo também é muito importante, pois a terapia vai ser uma ferramenta essencial para você trabalhar as angústias, cobranças e preocupações da maternidade. Mais ainda: para você lidar com as emoções e expectativas que tudo isso gera.

Agora que você já leu sobre o que fazer ao lidar com uma situação de “não consigo amamentar”, fique atenta para identificar as possíveis causas (físicas ou psicológicas) dessa dificuldade, que pode ser temporária ou permanente. Isso vai te ajudar a procurar os profissionais de saúde adequados para auxiliar você nesse processo.

Além disso, não se esqueça do que pontuamos ao longo deste conteúdo: mesmo não podendo amamentar, essa situação não te fará menos mãe. A maternidade pode ser vivida por meio de diferentes experiências, sendo a principal delas o amor que você nutre pelo seu bebê. Isso, sem dúvidas, é o mais importante!

Gostou de ler e se aprofundar mais no assunto? Então aproveite para conhecer o Clube da Gestante, um programa online da Unimed Campinas que vai tirar dúvidas e orientar sobre pré-natal, alimentação, atividade física, amamentação e cuidados com o recém-nascido!

Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.

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