A cada dia que passa, é mais comum ouvir pessoas relatando que estão com esgotamento físico e mental. Esse problema se tornou ainda mais evidente após a pandemia de Covid-19, que impactou fortemente os meios que as pessoas têm para socializar, trabalhar, se manterem saudáveis, entre outros.
Contudo, apesar de ser um problema tão
discutido, o esgotamento ainda traz muitas dúvidas sobre como se manifesta, o
que o ocasiona e os mecanismos úteis para evitá-lo. Diante disso e do nosso
empenho em tornar o conhecimento sobre saúde e bem-estar cada vez mais
acessível, preparamos este post para explicar o que realmente representa o
esgotamento. Continue lendo e se inteire sobre o tema!
O que é esgotamento físico e
mental?
O esgotamento físico e mental tem uma origem psicossomática, ou seja, são situações do cotidiano que desencadeiam efeitos negativos e recorrentes no bem-estar psicológico e emocional das pessoas, tornando-as, por exemplo, mais fragilizadas, abatidas e instáveis.
De tão expressivos, esses efeitos vão além
do aspecto psicoemocional e passam a acometer também o fisiológico. Assim, eles
tendem a causar sintomas que trazem um desgaste crescente no corpo, o que reduz
a energia e o engajamento dos indivíduos ao realizar atividades do dia a dia.
Quais as principais causas?
As causas do problema podem ser bastante diversas, mas compartilham, entre si, fortes gatilhos estressores. É o caso das profissões com muita cobrança, pressão e acúmulo de tarefas, bem como dos relacionamentos amorosos que entram no piloto automático ou, então, se resumem a conflitos e chantagens emocionais.
Há também as pessoas que se sobrecarregam
ao assumir diversos compromissos na rotina, dos quais não conseguem dar conta,
como trabalhar, fazer faculdade, participar de grupos de estudos e realizar
monitoria acadêmica. Muita gente também se desgasta por assumir sozinha os
afazeres domésticos de casa ou por se tornar responsável pelos cuidados de
terceiros.
Como saber se estou com
esgotamento físico e mental?
Quando você está esgotado física e mentalmente, é fácil se dar conta disso, já que ocorrem mudanças significativas no seu bem-estar e qualidade de vida. Por exemplo: se torna inviável manter a produtividade de sempre, dar conta dos afazeres (domésticos e profissionais) e cumprir com prazos e/ou metas.
Você também fica com o sono e o apetite desregulados, incapacitado de se concentrar em novas tarefas. O humor se torna bastante irritado e agressivo e, para completar, perde-se até mesmo o interesse em programas e atividades que tanto gosta — como praticar esportes, ir à praia, sair para dançar, entre outros.
Fora isso, sua imunidade abaixa e começam a
aparecer problemas de saúde com frequência, como alergias, gripes, viroses e
infecções gastrointestinais.
O que sentimos quando estamos
com esgotamento?
O esgotamento físico e mental afeta as pessoas de duas formas. A primeira é trazendo sintomas físicos, como cansaço constante, redução na força muscular, dores generalizadas e sensação de moleza no corpo, ou seja, aspectos que vão impactar diretamente no quão ativo o indivíduo consegue ser e se manter no dia a dia.
A segunda forma diz respeito ao estado psicoemocional. É comum, por exemplo, se sentir triste, incompreendido, abandonado e com dificuldades para demonstrar e explicar os próprios sentimentos — o que, muitas vezes, leva o sujeito a se isolar socialmente.
Também é comum permanecer desmotivado, se culpabilizando por tudo o que dá errado e ter uma visão distorcida sobre si mesmo. Por exemplo: "não valho nada", "sou imprestável", "tudo o que faço é ruim", "mereço sofrer", entre outros.
Vale mencionar ainda que, não raramente, os
indivíduos sentem que estão com os nervos à flor da pele, ficam com mais
facilidade para chorar e vivenciam, inclusive, episódios de crise de ansiedade e/ou ataques de pânico. Em casos mais
graves, há o desenvolvimento de transtornos depressivos.
Qual é a melhor forma de
evitar o cansaço físico e mental?
Para evitar o esgotamento físico e mental, é importante adotar algumas medidas nas esferas pessoal e profissional. Abaixo, listamos quais são elas:
Na vida profissional:
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Aprenda a trabalhar em equipe,
dividindo responsabilidades com os demais;
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Não acumule obrigações e
afazeres, sobrecarregando-se sem necessidade. Liste o que é prioridade e o que
pode ser deixado para depois;
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evite levar tarefas do seu
emprego para o seu lar. É importante separar a vida pessoal da profissional
para que você não fique imerso apenas em trabalho;
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Habitue-se a fazer pausas ao
longo da sua jornada diária. Isso é útil não só para você se alimentar, se
hidratar e se alongar, mas também para ter momentos de ócio, relaxamento físico
e descanso mental.
Na vida pessoal:
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Tenha atenção a relacionamentos
tóxicos (amorosos, familiares e/ou de amizade), que cobram você em excesso,
afetam a sua autossegurança e independência, diminuem a sua autoestima e o
fazem adotar um comportamento paranoico;
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Invista em atividades
prazerosas para sair da rotina e ter novas experiências, como fazer passeios na
natureza, viajar aos finais de semana, participar
de oficinas artísticas, integrar projetos voluntários, entre outros;
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Adquira o hábito de,
diariamente, valorizar suas pequenas conquistas, reconhecer suas qualidades e
adotar cuidados simples com sua aparência e bem-estar;
●
Faça terapia semanalmente com
um psicólogo. O auxílio de um profissional faz toda a diferença para cuidar da
sua saúde mental, aumentar o seu equilíbrio emocional
e lhe ajuda a repensar pontos de mudança e melhoria na sua rotina.
Como mostrado, o esgotamento físico e mental pode ser ocasionado por diversos fatores presentes no cotidiano das pessoas, desde dificuldades no trabalho até questões nos relacionamentos íntimos. Por isso, é importante ter atenção para identificar possíveis desencadeadores desse problema e colocar em prática algumas estratégias, como as que citamos, para promover mais bem-estar na sua rotina.
Evitar o esgotamento não se trata apenas de uma simples questão de controle do estresse: é um assunto de saúde que merece a sua atenção. Assim, você vai conseguir impedir o desenvolvimento de transtornos mais graves, como a síndrome de Burnout.
Aproveite o tema deste post e conheça mais sobre como você pode aproveitar o seu plano de saúde para marcar consultas com outros profissionais da saúde, como o psicólogo!
Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.