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Relacionamento entre pais e filhos: por que é uma construção conjunta?

Saúde Emocional

Relacionamento entre pais e filhos: por que é uma construção conjunta?

Por mais que seja contra intuitivo para algumas pessoas, o relacionamento entre pais e filhos é uma construção conjunta. O afeto, a comunicação e o cuidado parental não são exclusivos dos responsáveis e podem partir também dos filhos

Essa é uma das primeiras ideias que os pais podem ter para começarem a se sentir mais seguros nos cuidados com os filhos. Afinal, verão os pequenos passarem pelas mais variadas fases de amadurecimento, e nem sempre é fácil saber como agir da melhor maneira.

Neste post, vamos falar um pouco mais sobre a construção em conjunto de um relacionamento saudável entre pais e filhos. Acompanhe para compreender melhor o assunto

Qual é a importância do relacionamento entre pais e filhos?

A família é o primeiro espaço social com qual uma pessoa convive após o nascimento. É no ambiente entre os parentes que o indivíduo tem a oportunidade de ter os seus primeiros ensinamentos e passar as primeiras fases do seu desenvolvimento.

Por conta disso, o relacionamento entre os pais e os filhos é fundamental para que uma pessoa tenha um suporte para o crescimento e o aprendizado. Isso vale tanto para os primeiros passos e falas, quanto para as lições mais subjetivas, como o desenvolvimento da autonomia e da própria personalidade.

A questão é que quanto mais as interações entre pais e filhos forem positivas e trouxerem experiências construtivas para ambas as partes, mais fácil tende a ser na hora de gerar um vínculo afetivo e social.

Com isso, os indivíduos podem se sentir mais seguros para ter um amadurecimento saudável e uma rede de suporte para ajudar a aprender a lidar com o mundo e a relação em sociedade.

Em outras palavras, o relacionamento entre pais e filhos é importante para dar a sensação de pertencimento para as pessoas. Ele possibilita um desenvolvimento saudável e ajuda na formação de indivíduos mais seguros, responsáveis e independentes.

Como a construção do relacionamento é feita?

O relacionamento entre duas ou mais pessoas é construído com base em fatos do cotidiano. Interações básicas, desde o cumprimento até um gesto de afeto, são o que reforçam o vínculo social entre os indivíduos.

Com pais e filhos, isso não seria diferente. Além disso, é importante destacar que os cuidadores têm um impacto maior na responsabilidade de guiar as interações. Afinal, são as pessoas mais velhas e que assumem a função de orientar nos primeiros anos de vida.

Apesar disso, a construção do relacionamento não é inteiramente conduzida pelos pais. Os filhos também são responsáveis pela abertura ao diálogo e ao convívio saudável. O mesmo vale para o compromisso de fazer com que a relação com os seus responsáveis seja positiva.

O que significa construir um relacionamento no dia a dia?

Qualquer construção, se você analisar com cuidado, é feita com base em etapas. Para formar a parede, é importante fundar um alicerce, colocar tijolo por tijolo, firmar as partes com materiais como o concreto e realizar o acabamento

Na construçãoo de uma relação, a lógica é a mesma. Cada passo importa, desde os mais simples até os mais avançados. É por isso que todo o processo acontece no dia a dia.

Quando o assunto é maternidade e paternidade, logo nos primeiros meses da infância, é importante deixar que os filhos saibam quem são as pessoas responsáveis por oferecer o apoio emocional e físico que precisam.

Estar presente nos momentos de choro e de riso, conversar com os bebês, mesmo que ainda não falem, garantir o toque físico, oferecer acolhimento aos sentimentos, entre várias outras ações, são ações que ajudam a criar um vínculo logo de início.

Essas mesmas atitudes podem estar presentes conforme a criança cresce. Marcar presença no dia, ter uma comunicação aberta e não violenta, oferecer suporte emocional e demonstrar acolhimento para as questões apresentadas pelos filhos são atos que podem ser reproduzidos diariamente.

Além disso, os filhos também podem adotar comportamentos que ofereçam segurança aos pais e ajudem na construção do relacionamento. Buscar o diálogo, dar abertura para os cuidados parentais, falar sobre as próprias necessidades e, principalmente, entender as individualidades dos pais são exemplos disso.

Como se tornar mais próximo dos filhos?

Manter a proximidade entre pai e filho é como fazer uma amizade. A intimidade é conquistada a partir de cada gesto positivo e de ações que transmitam segurança.

Respeitar os limites, buscar conhecer mais sobre a outra pessoa, ser paciente nos momentos mais desafiadores e priorizar a comunicação aberta são exercícios diários que ajudam a estreitar os laços entre a família.

Como buscar informações para sentir segurança em cada fase dos filhos?

Vale destacar também que nem sempre é fácil saber por onde se informar. Além disso, saber como ser pai ou ser mãe não é um conhecimento que vem de nascença. Tudo isso é aprendido na prática, ao longo do tempo.

No entanto, é possível sim estudar conteúdos básicos, como psicologia infantil e juvenil, cuidados parentais e comportamento. Buscar informações vindas de profissionais da área, como pediatras e psicólogos, é um excelente passo.

Também é possível apostar em diferentes tipos de conteúdo, como livros, revistas, redes sociais, blogs, vídeos, palestras e cursos. O importante é confiar nas fontes de conhecimento, pesquisando a especialidade dos profissionais responsáveis.

O que os pais de primeira viagem precisam saber?

Como vimos, nenhuma pessoa sabe, necessariamente, como ser um pai ou uma mãe. Ainda que haja o instinto de proteção às crianças próximas ou o sentimento fraternal, é importante ter em mente que essas emoções também foram construídas, mesmo que inconscientemente.

Sendo assim, é fundamental ter cuidado com a auto cobrança. Pais de primeira viagem, quando não conseguem estabelecer uma relação de proximidade com os filhos, logo nas primeiras tentativas, tendem a achar que estão errando demais. Além disso, é comum o surgimento de sentimentos, como a frustração, e de pensamentos extremos, como os de que não são aptos para a função.

Por conta disso, é necessário avaliar a situação de forma racional, por mais difícil que seja. Identificar os pontos de falha e trabalhar para melhorá-los é importante, assim como tentar ter uma boa comunicação com os filhos. No entanto, esse processo envolve também muita paciência e saber que nem sempre as tentativas de aproximação serão bem-sucedidas.

Levar em consideração que os filhos são pessoas com as próprias personalidades e senso de julgamento também ajuda a melhorar a relação. Assim, é possível tentar compreender suas individualidades e ter mais empatia com suas ações.

Agora, sim, é possível entender melhor como o relacionamento entre pais e filhos é uma construção conjunta e, principalmente, diária. Por isso, dê um passo por vez para gerar essa aproximação. Além disso, tenha em mente que nem sempre uma relação será a mesma o tempo inteiro, mas os vínculos criados não são perdidos facilmente.

Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.

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