Você já sentiu sensações angustiantes como medo da morte, dificuldade para respirar e taquicardia? Esses são alguns dos sintomas mais comuns da chamada síndrome do pânico, o assunto deste post.
Continue lendo e entenda o conceito, as causas, os fatores, como reconhecer e também como lidar com esses sintomas. Acompanhe!
O que é síndrome do pânico?
Conceito
Trata-se de uma doença psiquiátrica que faz parte dos transtornos de ansiedade, dos quais também fazem parte o transtorno de ansiedade generalizada, a agorafobia — medo de situações das quais a pessoa acredita que não conseguirá sair, como ir ao cinema ou ao shopping, por exemplo —, entre outras.
A síndrome do pânico traz:
- Crises agudas de extrema ansiedade;
- Diversos sintomas físicos;
- Medo extremo.
É fundamental diferenciar o diagnóstico com o de outras doenças não psiquiátricas com sintomas parecidos, como ataques cardíacos, hipoglicemia, epilepsia e hipertireoidismo.
Crises
Em geral, a primeira crise se dá na adolescência ou no início da idade adulta, mas pode surgir em qualquer idade. Os episódios podem se repetir de forma aleatória e podem ocorrer várias vezes no mesmo dia, semanalmente ou levar meses ou anos para aparecerem de novo.
Uma informação importante: cerca de um terço da população pode ter apenas uma crise isolada de ataque de pânico ao longo da vida. Já cerca de 3% dos indivíduos apresenta a doença síndrome do pânico, com várias crises. Além disso, mais de 40% dos pacientes são acometidos por outro distúrbio psiquiátrico concomitantemente ao transtorno do pânico, como a depressão e o transtorno de ansiedade generalizada.
O problema costuma atingir mais as mulheres do que os homens devido a fatores hormonais.
Quais são as causas da síndrome do pânico?
Ainda não se sabe se há uma causa exata do transtorno do pânico. Entretanto, é sabido que nos pacientes há um desequilíbrio nos neurotransmissores cerebrais. Assim, várias crises são provocadas por más interpretações do cérebro perante situações triviais, como uma simples dor de cabeça, por exemplo. Nesses casos, o organismo acredita que algo errado e muito sério está acontecendo com o corpo e desencadeia um ataque de pânico.
Além disso, fatores ambientais (como um evento traumático) e genéticos podem desenvolver o distúrbio.
Alguns dos fatores de risco que podem desencadear a síndrome do pânico são:
- Vivenciar estresse familiar, profissional ou social incessante;
- Ter enfrentado traumas como assaltos ou acidentes;
- Ter passado por problemas na infância;
- Ter familiares com síndrome do pânico;
- Ter outras doenças psiquiátricas;
- Ser naturalmente ansioso(a);
Quais são os sintomas da síndrome do pânico?
A síndrome do pânico apresenta um conjunto de sintomas e não apenas um sinal.
Os sintomas mais comuns da doença são:
- Sensações de formigamento no rosto ou nos membros;
- Taquicardia (coração batendo muito rápido);
- Desconforto, dor ou aperto no peito;
- Dor ou mal-estar abdominal;
- Sensação / medo de morrer;
- Ondas de calor ou calafrios;
- Medo de perder o controle;
- Dificuldade para respirar;
- Suor excessivo;
- Dor de cabeça;
- Tremores;
- Náuseas;
- Tontura.
Como o autocuidado pode evitar as crises?
Cuidar de si mesmo — além da ajuda fundamental dos profissionais de saúde — é fundamental para combater a doença. Assim, confira algumas formas de autocuidado que podem ajudar muito a evitar ou lidar melhor com as crises de síndrome do pânico.
Fazer terapias de relaxamento
Práticas de relaxamento são eficazes para evitar uma crise de ansiedade extrema em quem já possui o distúrbio ou — até mesmo — prevenir o desenvolvimento da doença.
Essas terapias aumentam os níveis dos neurotransmissores do bem-estar, como a serotonina. Entre algumas dessas atividades estão:
- Massagem relaxante;
- Tai chi chuan;
- Meditação;
- Ioga.
Ao optar por uma atividade relaxante, escolha a sua preferida.
Praticar atividades físicas
Várias pesquisas já demonstraram que praticar atividades físicas regularmente diminui as chances de desenvolver síndrome do pânico. Os exercícios físicos diminuem os hormônios do estresse ao mesmo tempo que aumentam, na corrente sanguínea, os hormônios que nos fazem sentir bem.
E não é preciso se tornar atleta. Algumas atitudes como caminhar durante 30 minutos todos os dias — aumentando o ritmo gradualmente — já farão maravilhas para a saúde.
Fazer uma auto-observação
Também podemos fazer a nossa parte para descobrir o que desencadeia uma crise. Nesse sentido, a autoavaliação é fundamental. Assim, crie o hábito de anotar o que costuma acontecer com você antes de uma crise.
Baseado em suas avaliações, será mais fácil encontrar um padrão (conjunto de sintomas) para a sua doença em particular. Com isso, você consegue mudar hábitos e, até mesmo, auxiliar o médico em seu tratamento. Ou seja, essa postura proativa ajuda tanto você como o profissional que o atender.
Por fim, ao suspeitar que está sempre muito ansioso ou ansiosa, além de apresentar outros sintomas de síndrome do pânico, é fundamental consultar um médico psiquiatra ou um clínico geral, visando a identificação dos sintomas, o diagnóstico e tratamento corretos.
Cuide-se para viver melhor - corpo e mente!
Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.