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Ginástica laboral corretiva: como melhorar seu desempenho e dos colaboradores

Saúde para Seu Negócio

Ginástica laboral corretiva: como melhorar seu desempenho e dos colaboradores

Esforços repetitivos e contínuos desgastam o nosso corpo. Não é à toa que, todo ano, milhares de trabalhadores são afastados de suas atividades laborais por causa de síndromes como a LER — Lesão por Esforço Repetitivo. Representando um risco para o bem-estar e a produtividade dos colaboradores, as empresas têm investido cada vez mais na ginástica laboral corretiva.

Além de ajudar a prevenir ou amenizar os sintomas desse transtorno, cria-se uma cultura de incentivo à qualidade de vida, reforçando a importância que uma atividade física tem para a boa saúde do corpo e do organismo.

Neste post, vamos apresentar as principais vantagens dessa modalidade. Confira!

O que é ginástica laboral corretiva?

Com a Revolução Industrial, a cobrança de uma performance acima da média virou realidade nas empresas. Tal como as máquinas, era esperado e exigido que os empregados aguentassem longas jornadas — muitas vezes, em condições insalubres —, sem poder sentar e realizando movimentos repetitivos, com poucas (ou nenhuma) pausas.

O acúmulo dos mesmos esforços começou a apresentar sequelas. De lá para cá, mesmo que muito tenha mudado e avançado, não podemos dizer que houve uma queda na aparição desse tipo de caso. Para se ter uma ideia, apenas em 2019, 39 mil pessoas se afastaram do trabalho em virtude da LER/Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

Números tão expressivos cobram uma postura mais ativa do empregador. Afinal, quanto mais funcionários se afastam, maiores serão os seus prejuízos com a contratação de substitutos, sem mencionar o tempo que se dedica a esses processos e ao treinamento do novo colaborador — demandando um alto investimento.

Assim, a ginástica laboral corretiva se apresenta como uma medida simples, eficiente e atrativa. Com exercícios rápidos e práticos, executados no próprio ambiente de trabalho por um profissional qualificado, é possível amenizar o estresse da rotina, bem como a pressão mental.

Como funciona a ginástica laboral corretiva?

Para concretizar o seu objetivo, a ginástica laboral corretiva deve ser feita de modo personalizado. Cada grupo de trabalho precisa de um direcionamento específico para que haja um equilíbrio de esforço.

Por exemplo, uma equipe de Manutenção Mecânica não deve fazer os mesmos exercícios que uma de Atendimento ao Cliente. Enquanto a primeira leva uma rotina mais ativa, movimentando-se de acordo com a demanda de trabalho, a segunda possui um expediente mais leve em relação ao esforço físico, merecendo mais atenção em outro lugar.

Na prática, os movimentos da ginástica laboral corretiva servem para balancear os desgastes. Ou seja, se já há esforço demais dos tríceps e tendões durante a sua rotina, eles ganham folga na hora dos exercícios, para que outros membros se mexam e o cansaço muscular seja bem distribuído.

Quais são as suas vantagens?

A prática dessa atividade é benéfica em diversos pontos. O único cuidado que se deve tomar é em relação à qualidade da execução: sem um direcionamento qualificado, o trabalhador pode acabar fragilizando ainda mais o corpo. Portanto, o acompanhamento profissional é indispensável.

Veja as principais vantagens, a seguir!

Relaxamento

Já reparou que, após passar muito tempo em uma posição, o corpo estará rígido ao desfazê-la? Os músculos acumulam tensão com a falta de movimento. Ao fazer os exercícios de ginástica laboral, é possível sentir uma sensação de alívio e relaxamento.

Alongamento dos músculos

Os esforços repetitivos de um grupo muscular levam ao atrofiamento de outros. Quem trabalha em computador, por exemplo, provavelmente tem uma restrição na região do cotovelo. Ao se exercitar e alongar as outras áreas, a musculatura se expande, fazendo com que tudo funcione melhor.

Reeducação postural

Sem dúvidas, esse é um dos principais benefícios da modalidade. A postura é bastante prejudicada no dia a dia: sentados ou parados em pé por um longo período, a tendência é que a pessoa relaxe. Mas isso não é bom, porque pode paralisar o corpo em uma posição disfuncional.

A ginástica serve para melhorar isso. Ela consegue realinhar a postura, levando-a ao modo correto gradualmente. Além disso, tem o poder de amenizar os possíveis impactos de uma posição errada.

Percepção corporal

Para finalizar, a ginástica laboral corretiva ajuda a ampliar a percepção do próprio corpo. É comum que não saibamos a amplitude de um movimento ou como isso vai impactar em nosso bem-estar. À medida que nos exercitamos, é possível saber quais movimentos eliminam dores e quais músculos precisam ser mais trabalhados para proporcionar o equilíbrio.

Quais são os outros tipos de ginástica laboral?

Ao todo, existem quatro tipos de ginástica laboral: além da corretiva, há a preparatória, a compensatória e a de relaxamento.

Entenda, a seguir, como funciona cada uma delas!

Ginástica laboral preparatória

Realizados antes do expediente, esses exercícios são voltados para aquecer os músculos para um novo dia de trabalho, fortalecendo-os e melhorando a flexibilidade e a sua resistência.

Ginástica laboral compensatória

Nesse caso, a ginástica é feita no meio do expediente, visando “quebrar” a jornada e aliviar um pouco o cansaço. Para isso, são escolhidos os exercícios de alongamento.

Ginástica laboral de relaxamento

A execução desses exercícios é recomendada para o fim do dia, antes de sair do trabalho, porque objetivam desacelerar. Geralmente, no final do expediente, o colaborador sente uma pressão maior para finalizar as suas tarefas e sair na hora certa. Então, é o momento ideal para relaxar.

Para quem esse tipo de exercício é indicado?

Visto que só traz benefícios, a ginástica laboral corretiva é indicada para todos os colaboradores, independentemente do cargo ou das atividades que realizam.

Pudemos entender, no decorrer deste post, que toda função — mesmo aquelas que exigem menos fisicamente — demanda algum esforço físico de grupos musculares específicos. Esse detalhe, por si só, já é um indicativo da necessidade de dar atenção a todos.

Além disso, se a intenção é evitar síndromes como a LER/DORT, a prática da ginástica laboral corretiva é um investimento em retenção de funcionários, bem como na atração de bons candidatos, já que conta a favor de qualquer negócio como um estímulo à qualidade de vida e ao bem-estar do quadro.

A ginástica laboral corretiva não elimina o sedentarismo. Por ser de curta duração e nem sempre realizada todos os dias, suas vantagens não são suficientes para substituir uma atividade física. O ideal é praticar ambas — uma no trabalho e outra fora dele.

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Conteúdo revisado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas.

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