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Saúde financeira do MEI: o que é, qual é a importância e como melhorá-la?

Saúde para Seu Negócio

Saúde financeira do MEI: o que é, qual é a importância e como melhorá-la?

Independentemente do nicho de atuação, tocar um empreendimento não é uma das tarefas mais fáceis e, sem dúvidas, existem inúmeros desafios envolvidos nesse processo. Inclusive, um dos mais complexos é a organização do orçamento, que costuma ser um obstáculo presente na vida de muitos empreendedores que estão em busca da manutenção da saúde financeira.

Pensando na relevância do tema, nós preparamos um post superinteressante para ajudar você a descobrir como avaliar a saúde financeira de uma empresa, qual é a sua importância e de que forma melhorá-la. O microempreendedor individual (MEI), por exemplo, é uma das figuras jurídicas que mais enfrentam dificuldades na hora de gerir as próprias finanças — ou seja, toda ajuda é muito bem-vinda!

E então? Quer conferir algumas ideias que poderão ser bastante úteis e que auxiliarão você a identificar por onde começar uma gestão eficiente e vantajosa no seu negócio? Continue a leitura!

O que é a saúde financeira de uma empresa?

A saúde financeira — no contexto empresarial — é um conceito que está intimamente associado à capacidade que um negócio tem de gerenciar as suas finanças de forma eficaz. De modo geral, a finalidade é garantir que a empresa possa não só se manter, mas também crescer continuamente.

A partir desse entendimento, pode-se dizer que a concepção inclui alguns aspectos primordiais, como o controle das despesas, a boa administração das receitas, a manutenção de um fluxo de caixa adequado e a viabilidade de cumprir com as obrigações financeiras. Os pagamentos feitos aos fornecedores e a liquidação das contas são excelentes exemplos.

Além disso, é válido destacar que, embora existam métricas que façam mais sentido para determinados empreendimentos — enquanto outras não têm igual relevância —, a depender, por exemplo, do porte do negócio, do setor de atuação etc., há alguns indicadores da saúde financeira das empresas mais generalistas. Nesse sentido, é recomendável ficar de olho:

        na margem operacional, que mensura o nível de eficiência operacional de uma figura jurídica, revelando o volume da receita líquida que provém das atividades operacionais;

        no índice de endividamento, que estabelece a relação entre os ativos e os passivos financeiros de um empreendimento, levando em conta todas as pendências relativas ao financiamento organizacional e, claro, à capacidade de quitá-las;

        na lucratividade, que indica quanto um empreendimento verdadeiramente ganhou — considerando tudo que recebeu —, consistindo na relação entre o lucro líquido e a receita líquida, haja vista que os valores que "entram" no caixa do negócio não são destinados à organização na sua totalidade, já que existem custos a serem cobertos, como o pagamento da mão de obra, o custeio da estrutura etc.

Qual é a importância da saúde financeira para o MEI?

Agora que você já está por dentro do conceito, é hora de entender a importância da saúde financeira para o microempreendedor individual (MEI). Afinal, estamos falando sobre negócios de pequeno porte que demandam uma gestão orçamentária eficiente para preservar as "portas abertas".

Os empreendimentos mais enxutos, geralmente, têm recursos financeiros limitados e operam em meio a uma grande concorrência. Portanto, uma boa administração do dinheiro disponível é essencial para garantir a sobrevivência e o sucesso da empresa.

Em outras palavras, manter uma saúde financeira sólida, estável e previsível torna o MEI menos vulnerável ao endividamento. Aliás, um controle bem-feito das finanças organizacionais viabiliza o desenvolvimento do negócio com mais segurança, já que será possível saber exatamente "onde pisar" e quais medidas tomar para expandir a sua atuação no mercado.

Qual é a diferença entre saúde financeira e educação financeira?

Os dois termos são comumente utilizados como sinônimos, mas têm significados diferentes. Vamos descobrir quais são as principais distinções?

Bem, começando pela concepção de saúde financeira, como vimos, no âmbito corporativo, a definição está relacionada à condição financeira atual de uma empresa. Por outro lado, a educação financeira abrange o conhecimento e as habilidades necessárias para tomar decisões mais conscientes e eficazes. 

Portanto, a primeira é essencialmente focada nos resultados financeiros. Já a segunda consiste em um processo contínuo de aprendizado e de aprimoramento de competências no intuito de manter a empresa funcionando.

Resumidamente, podemos dizer que a saúde financeira é uma consequência da educação financeira. Para tornar a ideia mais clara, vamos a um exemplo!

Pense no seu próprio bem-estar. Inicialmente, nós devemos levar em conta a importância da alimentação para o nosso organismo e, apenas a partir dessa compreensão, torna-se possível elaborar uma dieta mais saudável e adequada, visando à nossa qualidade de vida, concorda?

Pois é! No universo do empreendedorismo, aplica-se, basicamente, o mesmo raciocínio.

Quais são os principais hábitos prejudiciais para a saúde financeira de um empreendimento?

Mais uma vez, independentemente do nicho de atuação do microempreendedor individual, da mesma forma que existem boas práticas gerais para manter uma boa saúde financeira organizacional, há determinados hábitos que são significativamente prejudiciais e devem ser evitados. A seguir, elencamos os principais. Veja!

Descontrole de gastos

Um dos principais erros que podem ser cometidos, afetando a saúde financeira do MEI, envolve não acompanhar as despesas e gastar de modo descontrolado. A curto e longo prazos, essa conduta pode levar a problemas no fluxo de caixa e, claro, a dificuldades financeiras.

Falta de planejamento

O planejamento também se mostra um grande aliado quando o objetivo é manter as finanças empresariais em dia. Portanto, não elaborar um plano financeiro adequado e negligenciar a definição de metas, a organização orçamentária e o estabelecimento de estratégias tende a comprometer a saúde financeira.

Mistura das finanças pessoais e empresariais

Outro erro gravíssimo envolve misturar as questões domésticas e aquelas relativas ao trabalho — o que também é aplicável quando falamos dos recursos financeiros. Utilizar a mesma conta bancária para fins pessoais e empresariais e não manter uma separação adequada das finanças, por exemplo, é extremamente nocivo para o orçamento do empreendimento.

Ausência de uma reserva financeira

Não dispor de reservas financeiras para lidar com eventuais imprevistos pode deixar o MEI altamente vulnerável a crises e a dificuldades financeiras, especialmente durante períodos mais delicados do mercado. Portanto, manter uma reserva empresarial é tão necessário quanto formar um fundo emergencial pessoal ao qual recorrer diante de circunstâncias adversas.

Como manter uma boa saúde financeira em um negócio?

Agora que você já domina os hábitos que devem ser abandonados na condução de um negócio próprio, que tal descobrir as melhores medidas para preservar a saúde financeira do seu empreendimento? Confira!

Elabore um plano de negócios

Como vimos, não ter um planejamento empresarial pode tornar a gestão financeira bastante desafiadora para o MEI. Ou seja, traçar um plano estruturado — que contenha metas e estratégias adequadamente definidas — é fundamental para que você saiba aonde quer chegar e possa tomar decisões que o ajudem nessa caminhada.

Acompanhe o fluxo de caixa

Outra prática-chave envolve monitorar regularmente as entradas e as saídas de recursos financeiros do negócio. A iniciativa é imprescindível para identificar possíveis problemas financeiros e, a partir disso, tomar medidas corretivas rapidamente.

Entenda os períodos do ano

Os negócios, em geral, têm períodos que envolvem a alta e a baixa de vendas. Esse é um processo natural e entender essas épocas ajuda a traçar um planejamento para otimizar o lucro e reduzir as pernas durante os momentos mais difíceis do ano, com ações de marketing e outras estratégias.

Mantenha os gastos sob controle

Outra recomendação válida se refere a não gastar "como se não houvesse amanhã". Afinal, o amanhã certamente vai chegar.

Ou seja, é indispensável ser prudente e pensar bem nos investimentos que serão feitos na sua empresa. Lembre-se de que a saúde financeira do MEI depende — em grande parte — de metas adequadamente determinadas e de ações traçadas no intuito de desenvolver o negócio.

Como melhorar a saúde financeira de uma empresa?

Por fim, quando o negócio já está atravessando um momento delicado e precisa focar a recuperação da sua saúde financeira, esforço e dedicação se revelam as "palavras de ordem". No intuito de ajudá-lo a driblar situações adversas, também listamos algumas estratégias a seguir:

        reduza as despesas, identificando as áreas empresariais nas quais é possível cortar eventuais gastos desnecessários;

        diversifique as fontes de ganho, buscando novas oportunidades de negócios e aumentando a oferta de produtos/serviços para os seus clientes;

        negocie com os fornecedores, a fim de buscar melhores condições de pagamento e descontos para diminuir os gastos e elevar os lucros do seu empreendimento;

        eduque-se financeiramente e amplie os seus conhecimentos acerca das melhores práticas para gerir os recursos empresariais, a fim de aprimorar as suas habilidades e de se tornar apto a tomar decisões mais acertadas para o negócio.

Percebeu como, embora a figura jurídica do microempreendedor individual comumente enfrente alguns desafios, é perfeitamente viável preservar uma boa saúde financeira no negócio atuando como MEI? Agora que você já sabe como começar a fazer uma gestão eficiente, dê os primeiros passos rumo ao sucesso do seu empreendimento. 

A propósito, que tal aproveitar o gancho e conhecer os desafios do microempreendedor no Brasil, conferindo algumas dicas para superá-los? Vamos lá!

Conteúdo revisado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas. 


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