Já se pegou se questionando sobre o rumo
que a sua vida tomou e como as coisas andam sem parecer ter um propósito ou
motivo que justifique o que você faz, o que construiu, onde mora ou as pessoas
com quem se relaciona? Pois é, muita gente também compartilha dessa mesma
percepção e acaba se perguntando como
sair do piloto automático.
Afinal, é possível mudar esse cenário e
recuperar aquele gosto de se aventurar e viver a vida plenamente? A resposta é
sim. Neste post, você vai entender mais sobre o assunto e descobrir quais
medidas facilitam essa mudança. Acompanhe!
O que é o piloto automático?
Não sabe o que significa estar no piloto automático? Pois tenha em mente o
seguinte: essa frase se aplica às pessoas que estão em uma zona de conforto e
não saem dela. Não se arriscam, não fogem da rotina, nem mesmo fazem planos
para o futuro.
Elas apenas vivem o presente, dia após dia,
cumprindo os mesmo afazeres domésticos, realizando as mesmas atividades da
faculdade e/do trabalho, saindo para os mesmos lugares com os
amigos e conhecidos.
Resumindo: o cotidiano delas é um ciclo que
se repete indefinidamente. É tudo tão "mais do mesmo" que sequer essas
pessoas precisam refletir ou tomar decisões impactantes sobre o âmbito pessoal,
profissional ou acadêmico, pois elas dificilmente existem.
É justamente por isso que piloto automático
é um estado do qual, em muitos casos, é difícil de sair. Afinal, esse ciclo
vivido traz a segurança de ser algo conhecido, que a pessoa sabe de cor e
salteado pelo que vai passar. É algo que traz a comodidade de você ter o
controle sobre a sua rotina, evitando estresses, surpresas e o medo do novo.
Como saber se eu estou no
piloto automático?
Não há mistério: você deve fazer um
exercício de avaliação da sua vida (considerando todas as esferas dela).
Considere, por exemplo, o seu grau de satisfação com as conquistas que já
alcançou, o empenho que dedica às tarefas diárias, o seu nível de bem-estar no trabalho, o volume de planos que tem
a curto, médio e longo prazos, e a quantidade de hobbies e programas diferentes
que realiza.
Também é interessante analisar se você tem
se envolvido com projetos que dão um propósito especial de vida (como ações
voluntárias e de caridade) ou investido em novas empreitadas (como a abertura
de um negócio ou a realização de uma viagem).
Outro ponto que merece atenção é o quanto
você tem deixado de fazer coisas espontâneas e que fazem você reavaliar sua
visão de mundo para não fugir do "roteiro" do seu cotidiano.
Quais são os sintomas do
piloto automático?
Estar no piloto automático não traz
sintomas propriamente ditos, como acontece quando você está doente. Na verdade,
o que ocorre é que, ao se perceber nesse estado, surge um desconforto emocional. Você pode passar a se enxergar, por exemplo,
como alguém que estagnou na vida, que não realizou os objetivos pessoais e
profissionais que tinha quando mais novo e que está sem perspectiva de futuro.
Muitas vezes, essa ideia sobre si mesmo
provoca reflexões autocríticas. Por conta disso, é possível que você acabe
manifestando uma baixa autoestima, uma alteração de humor, uma redução na
vontade de socializar, uma menor disposição no dia a dia.
Quais são os perigos desse
estado?
O perigo está quando esse estado de
desconforto emocional se prolonga, tornando-se persistente, e o pior,
crescente. Isso porque a pessoa nesse contexto pode ficar mais propensa a desenvolver transtornos mentais, como o
de estresse, o depressivo, o ansioso, o
obsessivo-compulsivo, o de pânico e a síndrome de burnout.
O quadro se agrava ainda mais porque muitos
indivíduos não conseguem identificar por si mesmos que estão com um transtorno
mental, enquanto outros tantos não têm com quem conversar e desabafar a
respeito.
Para completar, muita gente se vê diante de
um dilema, sem saber como lidar com esse problema e como sair do piloto
automático antes que a própria saúde mental seja ainda mais prejudicada.
Como sair do estado de piloto
automático?
Para ajudar a deixar o piloto automático,
reunimos cinco dicas que vão ser muito importantes nesse processo. Confira:
1.
faça uma lista de coisas que
você gosta e sonha em alcançar para se reconectar consigo (como praticar alguma
modalidade esportiva ou tentar uma vaga de trabalho em uma empresa X);
2.
defina uma série de coisas que
você quer mudar na sua rotina para torná-la mais produtiva e estimulante (ter
uma nova alimentação diária, fazer um programa cultural, viajar no fim de
semana);
3.
pense em formas de se
atualizar, se reinventar e crescer acadêmica e profissionalmente — por exemplo,
fazendo uma graduação, pós-graduação ou começando um curso livre que agregue
valor ao seu CV;
4.
identifique hábitos de
procrastinação que você tem no seu dia a dia e comece a cortá-los para quebrar
a base dos ciclos repetitivos na sua vida (como adiar prazos de tarefas e se envolver
o mínimo possível em afazeres domésticos);
5.
converse com a sua família ou
as pessoas com quem mora para, juntos, mudarem a dinâmica do lar e deixar a
residência mais personalizada e adaptada às necessidades de todos.
Como avaliar essa situação com
ajuda profissional?
Se você está buscando soluções de como sair
do piloto automático, mas se sente confuso, assustado ou mesmo com a sensação
de não ser capaz, saiba que você pode contar com ajuda profissional. Nesse
caso, a de um psicólogo.
Esse profissional da saúde, por meio do aconselhamento psicológico, vai ajudar
você a passar por um processo de autoconhecimento e crescimento pessoal.
Afinal, ele trabalha justamente a resolução de impasses que impedem o seu
avanço e ajuda a quebrar ciclos limitantes.
Já por meio da psicoterapia, o psicólogo vai contribuir para a promoção e o
resgate da sua saúde mental, trabalhando com técnicas e atividades que o ajudam
a compreender, a lidar e a superar tanto desconfortos emocionais quanto
possíveis transtornos desenvolvidos.
Agora que você sabe como sair do piloto
automático, é importante relembrar que esse estado é algo mais comum do que se
imagina, sendo vivenciado por milhares de pessoas ao redor do mundo. Porém, ele
também é algo que pode ser superado — e isso não é uma missão impossível. Longe
disso! Para tanto, coloque nossas dicas em prática e, quando preciso, recorra a
uma ajuda profissional.
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Conteúdo revisado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas.