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Entenda os riscos do colesterol alto para a saúde

Viver com Saúde

Entenda os riscos do colesterol alto para a saúde

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 4 em cada 10 brasileiros têm colesterol alto. Além disso, há um grupo que nem mesmo sabe quanto é a sua própria taxa de colesterol. Sendo assim, a SBC sugeriu que tais dados fossem amplamente divulgados, já que esse assunto exige atenção e cuidado.

Mediante isso, você vai saber por que é preciso ficar atento aos valores das taxas desse composto. Ainda, saiba o que é colesterol, os principais tipos e sintomas e quando é necessário buscar ajuda médica.

Conheça, também, as medidas preventivas que ajudam a reduzir os impactos desse problema sobre a sua saúde. Boa leitura!

O que é colesterol alto? 

Primeiramente, é preciso entender que o colesterol é um composto muito semelhante às gorduras que normalmente circulam pelo sangue. Porém, ele é produzido basicamente pelo fígado, a partir das gorduras metabolizadas por ele.

No entanto, quanto mais alta estiver a concentração de colesterol no sangue, mais ele se acumulará nas paredes das artérias. Isso é um problema, porque a deposição de gorduras pode levar à formação de placas — ateromas — que podem obstruir o fluxo sanguíneo. Nesse caso, o quadro é conhecido como aterosclerose.

Para os padrões de normalidade, considera-se que a taxa de colesterol total deve ser menor que 190 mg/dL em homens e mulheres. Como essa substância é formada por diferentes frações, há outros fatores que também influenciam essa condição. Mas, no geral, diz-se que o colesterol está alto quando ele ultrapassa esse valor.

Por que o colesterol fica alto?

Não se pode afirmar que a principal causa do descontrole das taxas de colesterol é a alimentação rica em gordura. Ou seja, há outros fatores a serem considerados, já que parte do colesterol vem do fígado.

Também vale destacar a importância da dieta aliada a exercícios físicos. Igualmente relevante é a diminuição de práticas pouco saudáveis, como o cigarro ou o consumo de álcool. Sendo assim, o estilo de vida é o maior determinante para elevar as taxas de colesterol no sangue.

Além disso, outras condições também podem contribuir para o quadro, mesmo em pessoas que adotam um estilo de vida equilibrado. Isso acontece, porque o colesterol alto pode ser hereditário ou ter relação com herança genética. Nesses casos, recomenda-se buscar ajuda quanto antes para o acompanhamento médico necessário.

Como saber quando o colesterol está elevado?

O colesterol alto também é chamado de hipercolesterolemia. Essa é uma doença silenciosa e que, nem sempre, apresenta sintomas específicos. Por isso, é necessário apostar em atitudes voltadas para a saúde preventiva, como a submissão a exames periódicos para dosar os níveis de colesterol. 

Outro aspecto importante é que as taxas ideais podem sofrer discretas variações entre um e outro indivíduo. Isso ocorre por diferenças metabólicas, idade e questões ligadas às peculiaridades da fisiologia humana.

Também vale conhecer as diferentes frações que formam o colesterol total. Observe e confira os valores considerados normais:

        colesterol total < 190 mg/dl;

        colesterol HDL > 45 mg/dl em mulheres e > 40 mg/dl em homens;

        colesterol LDL < 115 mg/dl.

O HDL é bom colesterol, que ajuda no funcionamento do corpo e na eliminação de gorduras prejudiciais ao trabalho do coração. Já o LDL é considerado um colesterol ruim, pois se acumula nos vasos e contribui para o surgimento de doenças cardiovasculares.

Existem fatores de risco para o colesterol alto?

A resposta para a pergunta é sim. Afinal, algumas condições podem aumentar os riscos para o desequilíbrio dos níveis desse elemento no sangue. Veja quais são:

        alimentação rica em gorduras trans;

        excesso de peso;

        sedentarismo;

        uso excessivo de bebidas alcoólicas;

        estresse;

        herança familiar;

        envelhecimento;

        diferenças de gênero, pois as mulheres podem ter o nível de LDL alto após o início da menopausa.

Vale destacar, portanto, que uma dieta equilibrada deve conter porções de todos os nutrientes necessários para a saúde. Por isso, não é recomendado cortar totalmente os carboidratos. Se cortar esses elementos e aumentar a ingestão de gorduras e proteínas, o risco de aumentar o colesterol ruim é maior. 

O que o colesterol alto pode causar?

Como já descrito, é necessário ficar atento às condições que levam ao aumento dos níveis de colesterol. O ponto-chave é o entupimento dos vasos sanguíneos, elevando as chances de desenvolver doenças cardiovasculares.

Entre elas, as mais importantes são:

        aterosclerose: obstrução do fluxo sanguíneo em diferentes artérias;

        doença arterial coronariana: fechamento das artérias que levam sangue ao coração;

        pressão alta: as placas de gordura reduzem o calibre dos vasos e faz aumentar a pressão nas artérias;

        infarto: pode surgir pela ausência de sangue nos vasos sanguíneos devido à obstrução causada pelo acúmulo de gordura; 

        insuficiência cardíaca: surge quando o suprimento de sangue para o coração é prejudicado;

         derrame cerebral (AVC):quando há obstrução de um vaso sanguíneo que irriga o cérebro.

Como controlar e prevenir o colesterol alto?

Em vias gerais, os cuidados com a alimentação são essenciais para manter o colesterol no padrão normal. Por conta disso, a orientação é priorizar alimentos pobres em gordura e açúcar, com mais vegetais e frutas, como a alimentação no verão.

Procure evitar, também, produtos processados industrialmente, pois eles têm muito sódio e gordura em excesso.

Nesse sentido, enumeramos alguns alimentos que fazem aumentar o colesterol. São eles:

        alimentos industrializados;

        fast foods;

        gordurinha do churrasco;

        pele de aves;

        frios e produtos embutidos, como linguiça, mortadela, presunto, salame e salsicha;

        leite integral, manteiga, queijos amarelos, queijos cremosos, requeijão e outros derivados de leite;

        sorvetes de massa, chocolates e doces em geral; 

        chantilly, milk-shake e cremes utilizados para sobremesa;

        frituras em geral.

Também é recomendado adotar hábitos saudáveis durante as refeições diárias. Dessa forma, evitar molhos e temperos prontos ajuda a reduzir os riscos de colesterol alto. Tais produtos têm uma grande quantidade de conservantes em sua composição, além de outros insumos químicos prejudiciais à saúde.

Portanto, de nada adianta você elaborar um belo prato de salada, com cores variadas, e, depois, acrescentar molhos industrializados. Nessas situações, vale o bom senso: opte por temperos mais naturais, como suco de limão, ou apenas um pouquinho de azeite e sal.

Da mesma forma, destacamos os alimentos que ajudam na regulação das taxas do colesterol. Veja quais são:

        carnes brancas, como frango sem pele e peixes;

        frutas e vegetais, que devem ser consumidas cruas e com casca;

        soja, lentilha e amêndoas, que contêm fibras e ajudam a eliminar as gorduras;

        leguminosas, como feijão, lentilha e grão-de-bico;

        leite desnatado, coalhada e queijo branco, que têm baixo teor de gordura.

Como você notou, colesterol alto é algo muito sério. Por isso, procure reavaliar os seus hábitos alimentares e outros costumes do seu estilo de vida. Melhore a alimentação, inclua atividades físicas em sua agenda e priorize a qualidade do sono. Tais aspectos são essenciais para alcançar mais bem-estar e uma melhor qualidade de vida.

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Conteúdo revisado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas.


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