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Lombalgia ou dor nas costas? Saiba diferenciar e como tratar!

Viver com Saúde

Lombalgia ou dor nas costas? Saiba diferenciar e como tratar!

Mesmo que não seja classificada como uma doença, é importante conhecer as características da lombalgia. Segundo um artigo divulgado no Jornal da USP, recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) fez o seguinte alerta: cerca de 80% da população brasileira já teve ou terá dor na coluna nos próximos anos.

Tendo isso em vista, produzimos este conteúdo para explicar o conceito de lombalgia, destacando suas causas, formas de prevenção e tratamentos disponíveis. Além disso, você saberá diferenciar lombalgia de dor nas costas “comum” e quais são os principais sintomas que distinguem essas duas condições. Aproveite a leitura!

Afinal, o que é lombalgia? 

Esse quadro pode ser caracterizado como um conjunto de sintomas que se desenvolvem por diferentes razões. Mais adiante, veremos quais são os mais comuns. Por ora, é importante destacar que a lombalgia é a manifestação de dor, queimação ou desconforto na região lombar ou precisamente na coluna lombar.

Em vias gerais, a lombalgia pode ser classificada como um problema muito comum à vida moderna. Ou seja, essa é uma condição que atinge não apenas pessoas idosas, mas também os jovens. Devido ao estilo de vida contemporâneo — com mais tempo dedicado às tecnologias e menos para as atividades físicas — até mesmo crianças e adolescentes se queixam de lombalgia. 

Diferença para dor nas costas “comum”

Apesar de apresentarem sintomas parecidos, a lombalgia e a costumeira "dor nas costas" não são a mesma coisa. Isso é importante porque ajuda a escolher melhor as formas de tratamento. Mas, então, qual a diferença entre dor lombar para uma dor nas costas “comum”?

De modo geral, na lombalgia, a dor se concentra principalmente na região da coluna lombar, ou seja, na porção mais baixa da coluna vertebral. Nesse quadro, ela pode surgir em decorrência de comprometimento de nervos e, com isso, se estender ainda para as coxas e glúteos. 

Outra diferença é que a dor nas costas “comum” pode ser causada por fatores posturais e emocionais como ansiedade e estresse. Esse mal pode provocar também um desconforto recorrente, sem motivo aparente. Nessa condição, a dor nas costas pode desaparecer até mesmo sem remédios, pois não há relação com lesões neurais.

Quais os tipos de lombalgia?

Abaixo listamos os principais tipos de dor lombar. Veja quais são!

Lombalgia aguda

A principal característica desse tipo de lombalgia é a dor forte e inesperada que acomete a região lombar. Ela pode aparecer em diferentes ocasiões, sobretudo após esforço físico intenso. Em jovens que frequentam academia, a lombalgia aguda e as dores musculares são comuns mediante o levantamento de pesos acima do ideal para a performance.

Lombalgia subaguda

Essa é uma dor lombar bem semelhante à lombalgia aguda, pois também provoca um quadro de dor muito intenso. Entretanto, esse tipo de lombalgia pode durar um pouco mais de tempo até desaparecer gradualmente e de modo natural.

Lombalgia crônica

Essa é a lombalgia de mais difícil reversão, já que a dor na região lombar costuma ter duração maior que três meses. Geralmente, esse é um quadro mais comum em pessoas com idade avançada ou que tenham alguma doença na coluna vertebral.

Quais são os sintomas da lombalgia?

Independentemente da causa ou do tipo de lombalgia, alguns sinais são característicos. Por isso, o paciente pode se queixar dos seguintes sintomas:

        dor ou contrações musculares;

        dificuldade para movimentar os quadris e a pelve;

        dor ou incômodo ao caminhar e na realização das atividades comuns da rotina;

         dificuldade para dormir em certas posições;

        instabilidade emocional, como ansiedade e depressão, que pode surgir na lombalgia crônica.

Quais são as principais causas da lombalgia? 

A lombalgia pode se desenvolver por diferentes motivos. Alguns pacientes acometidos por dores lombares se queixam da falta de ergonomia no ambiente de trabalho. Passar longas horas sentado em cadeiras inadequadas pode levar a lesões posturais não apenas na região lombar como também na cervical.

Esse quadro pode surgir em decorrência da má postura, o que é observado em pessoas de todas as idades e gêneros. Além disso, a lombalgia também pode ter relação com doenças ósseas, articulares e deformidade anatômica. Nesses casos, o ideal é procurar um ortopedista, especialidade médica que cuida desses problemas.

Vale destacar, ainda, o risco do desenvolvimento de dor lombar associado ao excesso de peso corporal. Na obesidade, além dos riscos do colesterol alto, há também a predisposição à lombalgia. Ao forçar a coluna vertebral, o peso excessivo gera flacidez, distende o abdômen e, consequentemente, favorece a dor.

Todavia, existem outras condições que levam à lombalgia. Observe:

        pequenos traumas na região lombar, como queda;

        sedentarismo;

        artrose da coluna ou hérnia de disco;

        artrite reumatoide;

        questões emocionais.

Como evitar a lombalgia?

Mesmo que seja um problema comum, existem muitas maneiras de prevenir o problema e evitar que a lombalgia aguda evolua para o estágio de cronicidade. Para tanto, algumas medidas precisam ser tomadas. Veja as mais relevantes: 

        ter cuidado para não realizar esforço físico excessivo;

        evitar a sobrecarga de peso e de exercícios que forçam a coluna vertebral, principalmente na academia;

        não utilizar colchões muito moles ou muito duros;

        sentar-se em posição anatômica e confortável para a coluna;

        cuidar para se abaixar dobrando os joelhos e não a coluna;

        evitar o consumo de cigarros;

         praticar atividade física regularmente;

        criar o hábito de fazer alongamento diário;

         relaxar o corpo e a mente, em atividades como yoga;

        utilizar sapatos com solados e saltos adequados ao seu perfil físico.

Como tratar a lombalgia? 

Em geral, as intervenções terapêuticas podem variar bastante, pois o médico deve se concentrar na causa e na intensidade dos sintomas. Assim sendo, é muito comum que os sintomas de lombalgia desapareçam somente com o uso de analgésicos.

Contudo, nos casos crônicos, pode ser necessário a prescrição de anti-inflamatórios e analgésicos como parte do tratamento para a dor na lombar. Igualmente relevante é permanecer de repouso de acordo com as recomendações médicas.  

Como você percebeu, a dor lombar é uma das queixas mais comuns em consultórios médicos. Essa alta prevalência na população torna a lombalgia um dos problemas mais preocupantes para a Saúde Pública. Logo, é necessário adotar medidas de educação preventiva que auxiliem na redução dos impactos desse problema.

Agora que você já sabe bastante sobre lombalgia, agende sua consulta com um médico especialista!

Conteúdo revisado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas.


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