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Métodos contraceptivos: quais existem e como escolher o seu

Viver com Saúde

Métodos contraceptivos: quais existem e como escolher o seu

Ter filhos é uma missão repleta de responsabilidades emocionais e financeiras, que exige dedicação e tempo. Por isso, muitas pessoas preferem se planejar bastante antes de encarar uma gravidez, e os métodos contraceptivos são grandes aliados nessa tarefa.

Eles permitem que se evite uma gravidez, além de poderem contribuir com outros pontos, como a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e a diminuição dos sintomas pré-menstruais. A boa notícia é que existem diversas opções.

Para escolher os melhores métodos, é importante refletir sobre o perfil de cada um e buscar orientações médicas. Neste post, explicamos um pouco mais sobre os principais recursos contraceptivos. Veja!

O que são métodos contraceptivos?

Os métodos contraceptivos são todos os recursos utilizados para prevenir uma gravidez. Atualmente, existem diversas opções, cada uma com diferentes taxas de eficácia, tempo de efeito, benefícios e possíveis efeitos colaterais.

Quanto ao funcionamento, esses recursos podem ser divididos basicamente em quatro tipos:

        métodos de barreira — são aqueles que impedem a entrada do esperma no útero por meio de uma barreira física, geralmente removível. São exemplos o preservativo ou camisinha, o anel vaginal e o diafragma;

        métodos hormonais — são aqueles que previnem a gravidez por meio da inibição da ovulação feminina, que se dá pela utilização de hormônios sintéticos. Entram aqui os anticoncepcionais adesivos, intradérmicos, orais e injetáveis;

        métodos cirúrgicos — são considerados definitivos e consistem na obstrução das tubas uterinas (laqueadura) ou da secção do canal de circulação dos espermatozoides (vasectomia);

         métodos naturais ou alternativos — são aqueles que não incluem o uso de outros recursos, mas sim a abstinência sexual durante o período fértil feminino (a famosa tabelinha).

Quais são os métodos contraceptivos mais utilizados?

Para que você faça um comparativo dos métodos contraceptivos que citamos com mais detalhes, explicamos o funcionamento, os principais benefícios e, também, os possíveis efeitos colaterais ou desvantagens de cada um. Confira!

Preservativo

A conhecida camisinha é um excelente método contraceptivo, além de ser o único que também é eficaz contra o contágio de ISTs, como a aids e a sífilis. Trata-se de uma barreira que impede o contato direto entre o pênis e a vagina. 

Ela é feita de látex ou poliuretano, dois materiais bastante resistentes e que normalmente não incomodam durante o ato sexual. O principal objetivo do preservativo é evitar que a ejaculação masculina entre no aparelho reprodutor da mulher.

Existem preservativos internos (femininos) e camisinhas masculinas (externas). Além disso, há no mercado dezenas de tipos de camisinhas que até mesmo proporcionam mais prazer ao casal, como as texturizadas e as extrafinas.

Benefícios/ Pontos positivos:

        é o único método que protege contra ISTs;

        os preservativos são baratos, seguros e confortáveis;

        não interfere na fertilidade e não causa qualquer alteração no corpo.

Possíveis efeitos colaterais/ Pontos negativos:

         raramente, algumas pessoas podem apresentar reação alérgica ao látex, o que gera desconforto;

        há o risco de passagem do esperma caso a camisinha não seja colocada corretamente ou seja rompida durante o ato sexual.

Pílula

Os anticoncepcionais orais estão entre os métodos preferidos das mulheres. Eles funcionam com base na atuação de hormônios sintéticos, que inibem a ovulação feminina. Desse modo, mesmo que ocorra a ejaculação dentro da vagina, os espermatozoides não encontram o gameta feminino para fecundação.

As pílulas podem conter apenas progesterona ou uma combinação de progesterona e estrogênio. Em geral, elas são vendidas em cartelas com 21 unidades, sendo que a mulher deve fazer uma pausa de 7 dias entre uma cartela e outra, formando assim um ciclo de 28 dias.

Durante essa pausa, ocorre um sangramento semelhante à menstruação — mesmo nesse período, o método continua atuando para contracepção.

Benefícios/ Pontos positivos:

        um método com elevadíssima eficácia se administrado corretamente;

        além de prevenir a gravidez, os anticoncepcionais hormonais contribuem com a redução da cólica menstrual e ajudam a regular o ciclo feminino em alguns casos;

        em alguns casos, contribuem com o tratamento de acne e de doenças inflamatórias pélvicas.

Possíveis efeitos colaterais/ Pontos negativos:

        não protege contra ISTs;

        para que o método tenha altíssima eficácia, é preciso ter disciplina para tomar a pílula todos os dias no mesmo horário;

        podem ocorrer efeitos colaterais devido à ação dos hormônios, incluindo náuseas, redução da libido, retenção de líquidos e dor nas mamas;

        há indícios de riscos cardiovasculares aumentados, especialmente em mulheres com histórico de hipertensão, diabetes, obesidade e tabagismo;

        após a interrupção da pílula, a mulher pode demorar alguns meses para recuperar a fertilidade, já que há um período de readaptação hormonal.

Pílulas do dia seguinte

Existem também as pílulas do dia seguinte, utilizadas em situação de emergência. Elas contêm uma alta dose de hormônios que atuam de diversas formas: se for tomada antes do período de ovulação, eles impedem a liberação do óvulo; se depois, dificultam o encontro do espermatozóide com o óvulo por deixar o muco cervical mais espesso.

Ela deve ser utilizada somente quando outros contraceptivos falham, e não de forma habitual, pois causa um grande impacto no sistema reprodutor feminino. Além disso, o uso recorrente causa um desequilíbrio hormonal significativo, o que faz com que a atuação da pílula seja comprometida.

Ela é vendida em embalagens com um ou dois comprimidos. O efeito é o mesmo, o que muda é apenas a administração: no primeiro caso, deve-se tomar a pílula em dose única nas primeiras horas após a relação sexual desprotegida. Idealmente, dentro de 12 horas, até o máximo de 72 horas, sendo que a eficácia cai bastante depois das primeiras 24 horas.

Já nas embalagens com dois comprimidos, o primeiro deve ser ingerido dentro dessa janela de 72 horas e, o segundo, 12 horas após o primeiro. Vale ressaltar que ela não tem nenhum efeito abortivo: a atuação só é eficaz antes da fecundação.

A pílula do dia seguinte é contraindicada para mulheres durante a amamentação, quando há suspeita de gravidez, hipertensão vascular, distúrbios metabólicos ou insuficiência hepática.

O mais recomendado é sempre consultar o médico antes de recorrer a ela — para isso, a telemedicina é uma ótima pedida, pois proporciona o contato com profissionais da saúde com muita agilidade.

Benefícios/ Pontos positivos:

        é um recurso de emergência que previne a gravidez após uma relação desprotegida;

        é bastante acessível, sendo encontrada em qualquer farmácia por um baixo custo.

Possíveis efeitos colaterais/ Pontos negativos:

        não protege contra ISTs;

        pode causar atrasos menstruais e escapes;

        o uso recorrente leva a alterações no ciclo menstrual que dificultam o controle sobre o período fértil, aumentando os riscos de uma gravidez indesejada;

        podem ocorrer efeitos colaterais devido à ação dos hormônios, incluindo náuseas, dor de cabeça e outros.

Dispositivo intrauterino (DIU)

O dispositivo intrauterino, conhecido como DIU, é um método contraceptivo muito vantajoso: ele tem elevadíssima eficácia, é seguro, pode durar vários anos e não atrapalha em nada o ato sexual.

Trata-se de um dispositivo em forma de T que é inserido dentro do útero feminino. Por um lado, ele funciona como um método de barreira, já que as hastes atrapalham a circulação de esperma pelo aparelho reprodutor feminino.

Além disso, cada tipo de DIU tem uma ação diferente. Veja:

        DIU de cobre — funciona como um espermicida, já que o cobre é um material letal para os espermatozoides, embora não cause nenhum efeito colateral no corpo feminino além de um possível aumento no fluxo menstrual;

        DIU de prata — produz o mesmo efeito que o DIU de cobre, porém está menos associado a mudanças no fluxo menstrual;

        DIU hormonal — tem um mecanismo de liberação de pequenas quantidades de progesterona no interior do útero, o que provoca alterações no muco cervical e no endométrio, tornando o ambiente hostil aos espermatozoides.

Benefícios/ Pontos positivos:

        altíssima taxa de eficácia;

        é um método bastante cômodo, já que tem longa duração (a validade é de 5 a 10 anos);

        não há nenhum incômodo durante o ato sexual;

        no caso do DIU de cobre ou de prata, há a vantagem de não existir ação hormonal, então não há efeitos colaterais próprios dos anticoncepcionais hormonais;

        após a retirada do DIU, a fertilidade volta ao normal imediatamente.

Uma observação importante é que, apesar de ter longa duração, o DIU exige um acompanhamento regular por meio de ultrassonografias para avaliar se o dispositivo está bem posicionado. 

Possíveis efeitos colaterais/ Pontos negativos:

        não protege contra ISTs;

        precisa ser colocado por um profissional de saúde;

        durante a inserção do DIU, é comum sentir um pouco de dor, apesar de ser um procedimento bastante rápido e simples;

        devido ao aumento do fluxo menstrual, o DIU de cobre pode estar associado ao aparecimento de anemias em alguns casos;

        é comum que aconteçam pequenos escapes e desregulagem do ciclo menstrual nos primeiros meses após a inserção;

        em casos raros, o DIU pode causar infecção vaginal.

Implante

O implante anticoncepcional inibe a ovulação por meio da ação hormonal, assim como as pílulas. Porém, os hormônios sintéticos são liberados por um pequeno tubo de plástico que é introduzido embaixo da pele na parte interna do braço.

O dispositivo tem aproximadamente o tamanho de um palito de fósforo e é inserido no corpo feminino por meio de uma pequena cirurgia com anestesia local. Existem diversos modelos, alguns com validade de 6 meses e outros que duram até 3 anos. 

Além disso, alguns implantes precisam ser retirados por um profissional de saúde após o prazo, enquanto outros se desfazem naturalmente no corpo.

Benefícios/ Pontos positivos:

        altíssima taxa de eficácia;

        assim como DIU, trata-se de um método bastante cômodo devido à sua ação de média ou longa duração;

        após a interrupção do método, a fertilidade é recuperada em poucos dias;

        não há nenhuma interferência no ato sexual.

Possíveis efeitos colaterais/ Pontos negativos:

        não protege contra ISTs;

        precisa ser colocado por um profissional de saúde;

        após a inserção do dispositivo, o local pode ficar dolorido por alguns dias;

        é um método um pouco mais caro em relação a outros contraceptivos;

        pode causar perdas de sangue irregulares, náuseas, dores nas mamas e variações de humor devido à ação hormonal.

Diafragma ou capuz cervical com espermicida

O diafragma ou capuz cervical é um método contraceptivo de barreira, pois bloqueia a entrada do esperma no colo uterino e impede a passagem de espermatozoides. 

Trata-se de uma espécie de anel de borracha que é inserido na vagina antes do ato sexual, podendo ser lavado e reutilizado várias vezes. Ele é mais eficaz se utilizado com creme ou gel espermicida.

Benefícios/ Pontos positivos:

        não interfere na relação sexual;

        pode ser inserido até 24 horas antes da relação sexual;

        pode ser reutilizado;

        não contém hormônios;

        não interfere na fertilidade.

Possíveis efeitos colaterais/ Pontos negativos:

        não protege contra ISTs;

        não é facilmente encontrado em todas as farmácias;

        deve ser recolocado toda vez que há contato íntimo.

Injeção

A injeção é outro tipo de anticoncepcional hormonal. Ela libera lentamente hormônios que impedem a ovulação feminina e pode ser encontrada nas versões com reaplicação mensal ou trimestral.

Em geral, ela é aplicada por enfermeiros no posto de saúde, mas o procedimento também pode ser feito em farmácias. Tem como principal vantagem o efeito de maior duração do que a pílula, o que ajuda a evitar falhas por esquecimento.

Contudo, para ter sua eficácia garantida, a reaplicação deve ser feita no dia correto. Então, é preciso ter atenção ao calendário.

Benefícios/ Pontos positivos:

        altíssima taxa de eficácia;

        sua ação é mais longa em comparação com o anticoncepcional oral;

        a fertilidade retorna em um curto espaço de tempo após a interrupção do método;

        não há qualquer interferência no ato sexual;

        é bastante acessível.

Possíveis efeitos colaterais/ Pontos negativos:

        não protege contra ISTs;

        pode causar irregularidades no fluxo menstrual;

        pode causar os efeitos colaterais típicos dos métodos com ação hormonal, tais como retenção de líquidos e náuseas;

        só é eficaz se for reaplicada dentro dos prazos de validade.

Adesivo

Outro anticoncepcional hormonal que inibe a ovulação feminina é o adesivo. Ele é aplicado sob a pele e libera pequenas doses de estrogênio e progesterona que são absorvidas por via cutânea. Em geral, ele é vendido em qualquer farmácia em caixas com 3 unidades.

Elas devem ser aplicadas a cada semana, com uma pausa na quarta semana para que ocorra o sangramento semelhante à menstruação, totalizando assim o ciclo de 28 dias. 

Apesar de ser bastante seguro, é preciso ter alguns cuidados para que o adesivo não descole antes do tempo. Por exemplo, o uso de cremes e loções de banho na região podem atrapalhar sua aderência. Além disso, não é indicado colocá-lo duas vezes no mesmo local.

Benefícios/ Pontos positivos:

        se for usado corretamente, tem altíssima eficácia;

        as instruções para aplicação são simples;

        não interfere no ato sexual;

        não é preciso lembrar todos os dias do método, como ocorre com a pílula;

        a fertilidade é recuperada rapidamente após interrupção do método.

Possíveis efeitos colaterais/ Pontos negativos:

        não protege contra ISTs;

        é menos discreto que outros anticoncepcionais, já que pode ser visto pelas pessoas;

        pode causar irritação na pele;

        em pessoas acima do peso, o excesso de gordura pode atrapalhar a absorção dos hormônios pela pele;

        pode causar efeitos colaterais próprios dos anticoncepcionais com ação hormonal.

Anel vaginal (nuvaring)

O anel vaginal, também chamado de nuvaring, é outro anticoncepcional com ação hormonal. Ele é introduzido na vagina de forma semelhante a um absorvente interno e pode permanecer por 3 semanas. Depois, deve-se fazer uma pausa de uma semana para que ocorra o sangramento, completando o ciclo de 28 dias.

O nuvaring é feito de silicone e não incomoda a mulher nem interfere durante a relação sexual. Após o prazo de 3 semanas, ele deve ser retirado e descartado — para isso, basta enganchar o dedo indicador sob o anel no interior da vagina e puxá-lo para fora. 

Benefícios/ Pontos positivos:

        não é preciso lembrar do método todos os dias, pois basta colocar o anel uma vez por mês;

        é fácil de colocar e retirar;

        não interfere no ato sexual;

        a fertilidade retorna rapidamente após a interrupção do método;

        sua ação hormonal pode ajudar a regularizar o ciclo menstrual e a reduzir cólicas.

Possíveis efeitos colaterais/ Pontos negativos:

        não protege contra ISTs;

        pode causar os efeitos colaterais próprios dos anticoncepcionais de ação hormonal;

        é importante introduzir o anel no mesmo horário após o prazo de 28 dias;

        pessoas com algumas condições de saúde como pressão alta e problemas no fígado não podem utilizá-lo.

Cirurgia contraceptiva

A cirurgia contraceptiva consiste em procedimentos médicos que tornam a mulher ou homem estéreis. Em geral, ela é recomendada para pessoas com mais de 40 anos, já que, antes disso, há maiores chances de arrependimento no futuro — afinal, mesmo que agora você tenha certeza de que não quer ter filhos, sua postura pode mudar ao longo dos anos.

No caso da mulher, é feita a laqueadura — uma cirurgia em que as trompas são fechadas por meio de um corte ou um torniquete. Desse modo, os espermatozoides não conseguem chegar até o óvulo. 

Já para os homens, a cirurgia é a vasectomia, em que é feito um corte no canal por onde passam os espermatozoides dos testículos até as vesículas seminais. Desse modo, o homem ejacula normalmente, mas o líquido não contém gametas.

A cirurgia feminina é mais complexa e exige internação e anestesia geral. Já a masculina é bastante simples e rápida, realizada em cerca de 20 minutos. 

Benefícios/ Pontos positivos:

        é um método considerado definitivo, então quem realiza a cirurgia não precisa mais se preocupar com a contracepção;

        no longo prazo, gera economia de recursos financeiros relacionados a possíveis gastos com outros anticoncepcionais;

        não causa alterações na libido nem interfere no ato sexual;

        é um procedimento de fácil recuperação.

Possíveis efeitos colaterais/ Pontos negativos:

        não protege contra ISTs;

        causa os desconfortos próprios de um pós-operatório;

        tem como principal ponto de atenção a possibilidade de arrependimento no futuro, já que se trata de um método considerado definitivo.

É importante destacar que, em alguns casos, a reversão do procedimento é possível, porém a cirurgia é mais complexa e oferece mais riscos.

Tabelinha

Por fim, a tabelinha é um método contraceptivo natural, isto é, que não exige o uso de nenhum recurso especial. Na verdade, ele consiste apenas na abstinência sexual durante o período fértil feminino, que é quando há maiores chances de engravidar

Para aplicá-lo, basta calcular o período fértil — apesar de existir variação de mulher para mulher, as etapas do ciclo menstrual são sempre as mesmas:

        folicular — que começa com a menstruação e é marcada pela queda nos níveis de estrogênio e progesterona;

        ovulatória — quando há a liberação de um novo óvulo no aparelho reprodutor feminino;

        lútea — que ocorre após a ovulação e se caracteriza pelo aumento dos níveis de estrogênio e progesterona (responsáveis pelo aparecimento dos sintomas pré-menstruais).

O período fértil corresponde à fase ovulatória. Em mulheres com ciclo regular de 28 dias, a ovulação normalmente se dá no 14º dia, isto é, 14 dias após o início da menstruação. 

Como os espermatozoides podem ficar ativos por alguns dias e os óvulos têm vida média de 24 horas, é preciso considerar cerca de 2 dias antes a 2 dias depois da data de ovulação como férteis também. Durante esse período, evita-se que haja a ejaculação no interior da vagina.

Trata-se de um método simples e bastante sujeito a falhas, já que mesmo as mulheres que têm ciclos regulares podem ter pequenas variações na fase ovulatória. Assim, pode ser considerado um cálculo mais interessante para quem quer engravidar do que para quem quer evitar uma gravidez. 

Benefícios/ Pontos positivos:

        é um método natural e sem qualquer efeito colateral;

        não há nenhuma interferência na fertilidade ou no ato sexual;

        permite que a mulher conheça mais o funcionamento do seu corpo e as alterações pelas quais ele passa no decorrer do ciclo menstrual.

Possíveis efeitos colaterais/ Pontos negativos:

        não protege contra ISTs;

        tem eficácia reduzida, sendo altamente recomendado que a tabelinha seja combinada com outro método contraceptivo.

Como escolher o melhor método?

Não existe um método melhor ou pior que o outro: cada pessoa deve avaliar as suas condições particulares de saúde, idade, alergias e preferências e, a partir disso, considerar as opções de acordo com seus prós e contras.

Porém, um critério que sempre deve estar em jogo é a taxa de eficácia. Atualmente, os métodos com menor índice de falha — isto é, com elevadíssima eficácia, acima de 99% — são os seguintes:

        vasectomia;

        laqueadura;

        implante;

        DIU;

        injeção;

        pílula;

        adesivo;

        anel vaginal.

Em seguida, vêm o preservativo e o diafragma como métodos considerados de boa eficácia (entre 92% e 97%). Por último, as estratégias alternativas, como a tabelinha e o coito interrompido, podem ter até 25% de chance de falha, isto é, a eficácia é de apenas 75%.

Além desse critério, é importante lembrar que somente o preservativo protege contra o contágio de ISTs. Então, a melhor pedida é combinar os demais métodos com o uso da camisinha. 

Qual é a importância da orientação médica nesse sentido?

Antes de se decidir por um método contraceptivo, é muito importante buscar orientação médica. Isso porque os diferentes recursos para prevenir gravidez podem ser mais ou menos indicados para cada perfil em termos de saúde.

Então, além das questões de preferência pessoal e estilo de vida que citamos, diversas especialidades médicas podem ser acionadas nessa decisão. Por exemplo, para boa parte das mulheres, o DIU de cobre é mais vantajoso por não conter hormônios. Porém, aquelas que têm endometriose não podem utilizá-lo devido ao aumento do fluxo menstrual e de sintomas associados. 

Já o adesivo contraceptivo não é indicado para mulheres com insuficiência hepática. Pessoas que têm problemas cardiovasculares mais graves também devem evitar esse e outros anticoncepcionais hormonais, devido ao maior risco de tromboembolismo.

Todas essas particularidades devem ser avaliadas por meio de exames. Somente com o acompanhamento médico e o auxílio de uma equipe de saúde é que é possível identificar restrições e escolher as opções de contraceptivos com melhores benefícios e menos riscos. 

Diante desta leitura, você viu que existem muitos métodos contraceptivos e que cada um deles tem pontos positivos e negativos. Além disso, viu que alguns recursos têm altíssima eficácia na prevenção de uma gravidez, porém somente mediante o uso correto e o acompanhamento regular. 

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Conteúdo revisado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas. 

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