Os efeitos da Covid-19 não se limitam aos sintomas que aparecem enquanto se está doente. Mesmo depois de dois anos de pandemia, especialistas ainda estão em busca de respostas sobre quais são as sequelas da Covid e como combatê-las.
Neste post, listamos informações importantes sobre o pós-Covid e o que fazer para minimizar as sequelas. Confira!
Que sintomas podem aparecer no pós-Covid?
Ficar doente já não é agradável, ainda mais com uma perspectiva de sequelas de uma doença nova. Mesmo com a cura e a eliminação do vírus do organismo, muitas pessoas manifestam sintomas que se relacionam com a passagem do coronavírus pelo corpo. Os principais são:
● ansiedade;
● depressão;
● dificuldades para se lembrar dos acontecimentos, para raciocinar e até para se comunicar;
● dor de cabeça — existe a possibilidade da dor de cabeça se tornar uma enxaqueca, ou seja, um caso crônico;
● dor no peito;
● fadiga;
● falta de ar;
● palpitações;
● perda de paladar e olfato;
● tontura;
● trombose;
Para termos uma ideia de quão incômodos esses sinais são, até 17% das pessoas que foram internadas pela doença precisaram ser hospitalizadas novamente devido à reincidência dos sintomas relatados acima.
Alguns deles podem passar em poucas semanas, como a perda de paladar e olfato, mas, caso persistam, é recomendado procurar ajuda médica.
Quais são as sequelas da Covid-19?
Um dos sinais mais temidos da doença é a falta de ar. Acredite: ela pode continuar depois que os outros sintomas forem embora. Isso acontece porque os pulmões são uma das áreas mais afetadas pelo vírus e, uma vez que ele é derrotado, aparecem fibroses — como são chamadas as cicatrizes. As fibroses são responsáveis por dificultar a respiração, trazendo a sensação de fadiga e cansaço.
Outra sequela que comumente surge é a dor muscular. Ela começa quando, ainda doente, o paciente sofre uma perda na região dos músculos, o que afeta sua mobilidade e aumenta as chances de uma trombose aparecer. Órgãos como o coração e os rins também sofrem as consequências da infecção pelo vírus.
Os estudos sobre o assunto ainda são preliminares, contudo, há algumas teorias sobre por que os malefícios acima persistem no organismo:
● as alterações realizadas pelo coronavírus no interior das células são irreversíveis, transformando a doença em uma dor crônica;
● em sua fase aguda, mesmo após a recuperação, resquícios do causador ficariam armazenados na célula, causando outras infecções posteriormente;
● existe uma proteína em comum entre o vírus e os tecidos humanos, o que impossibilitaria o sistema inume de combatê-lo — como acontece com as doenças autoimunes.
Como as sequelas podem ser tratadas?
Cada sequela demanda uma abordagem diferente. Há algumas medidas que podem ser tomadas antes mesmo de procurar ajuda médica, como os cuidados com a alimentação e a prática de uma atividade física.
Exercitar-se é uma forma de driblar o cansaço e a fadiga, levando o corpo a trabalhar de forma saudável, dando-lhe mais ânimo e energia para o dia a dia. A boa alimentação combate os sintomas de dentro para fora, desinflamando o organismo e providenciando um reestabelecimento completo.
A seguir, listamos outras formas de tratamento de algumas sequelas. Acompanhe!
Fisioterapia respiratória
Ainda que o ato de respirar seja básico, diante de um quadro grave de Covid-19, é necessário reaprender a fazê-lo. Especialistas recomendam a fisioterapia respiratória para ajudar os pulmões a retomarem sua performance natural. À medida que os músculos vão sendo treinados, a capacidade de respirar vai aumentando, melhorando a oxigenação.
Terapia
O volume de informações aliado ao terror que a doença causou nos primeiros meses de pandemia fragilizou milhões de pessoas, que desenvolveram quadros de pânico, depressão, ansiedade e estresse. Além de cuidar do corpo, é indispensável buscar ajuda profissional para aliviar a mente.
Quem se contaminou pode apresentar episódios de sono excessivo, perda de memória e confusão mental. A terapia com um psicólogo — ou um tratamento psiquiátrico, dependendo do diagnóstico — é fundamental para identificar alguma sequela do gênero e iniciar um tratamento medicamentoso, se for preciso.
Acompanhamento médico
Se você conviveu com a doença e notou que os sintomas persistiram (ou surgiram novos), o ideal é marcar uma consulta com um médico. Com base no seu relato, o profissional vai pedir exames para mensurar o impacto da Covid-19 ou descartar a relação entre o que você está sentindo com o pós-Covid.
Vale ressaltar que a automedicação é muito arriscada. A ingestão de analgésicos e anti-inflamatórios pode sobrecarregar seu organismo e ainda mascarar o que estiver acontecendo dentro dele. O melhor a fazer é procurar ajuda médica para um diagnóstico preciso. Se possível, conte com um plano de saúde que possa amparar você nesse tipo de situação.
O que fazer depois de pegar a doença?
Felizmente, a média geral de casos está baixando em todo o Brasil, mas isso não significa que os cuidados devam parar. O uso de máscaras ainda é obrigatório na maior parte do país, e mesmo onde não é, as restrições estão sendo flexibilizadas gradualmente.
Caso você tenha recebido recentemente o diagnóstico positivo, a recomendação do Ministério da Saúde, no caso de você apresentar um quadro leve de sintomas, é se manter em isolamento social por 10 dias após o resultado positivo. Em casos graves, é indispensável contar com supervisão médica.
Após a recuperação, cabem os cuidados destacados no tópico anterior. Em suma, a melhor maneira de se prevenir contra os efeitos colaterais da Covid-19 e contra qualquer outra doença é mantendo bons hábitos de vida.
Na prática, isso quer dizer priorizar a ingestão de alimentos in natura no dia a dia, evitando industrializados e ultraprocessados. Lembre-se que seu corpo precisa de nutrientes para operar bem, e eles vêm justamente de uma alimentação equilibrada. Contudo, sem sempre esse bom hábito preenche todas as necessidades nutricionais do organismo, especialmente em uma fase pós-doença. Então, cabe um acompanhamento médico ou nutricional para saber se há alguma deficiência e necessidade de suplementação.
Além disso, exercitar-se faz bem para o organismo como um todo, zelando também pela saúde mental — tão afetada nos últimos anos. Escolha um esporte com o qual você se identifique e procure praticá-lo três ou mais vezes por semana.
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Conteúdo revisado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas.