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Transtorno do Espectro Autista (TEA): Saiba mais sobre o assunto!

Viver com Saúde

Transtorno do Espectro Autista (TEA): Saiba mais sobre o assunto!

Você já ouviu falar em Transtorno do Espectro Autista (TEA)? Também conhecido como autismo, trata-se de uma condição do neurodesenvolvimento que se inicia nos primeiros anos da infância e persiste ao longo da vida.

O autismo se caracteriza principalmente pela dificuldade de comunicação e interação social, além de comportamentos disfuncionais e interesses repetitivos ou restritos. (DSM-V- APA, 2014)

O termo “espectro” se refere ao fato de que algumas crianças podem ter sintomas de leves a moderados, enquanto outras tem disfunções graves.

Por que o TEA acontece?

Ainda não se sabe a causa real do autismo. Existe uma grande variabilidade de sintomas de acordo com a gravidade, mas o consenso geral é de que seja uma condição multifatorial. Isso significa que o TEA decorre de causas genéticas e ambientais que levam ao comprometimento do desenvolvimento social e da comunicação.

Quando acontece o diagnóstico?

Os sintomas do autismo são geralmente reconhecidos quando a criança tem entre 2 e 3 anos. No entanto, algumas vezes os pais somente percebem os sintomas quando a criança vai para a escola.

Quais os principais sinais do autismo na infância?

Diversos sinais permitem identificar uma criança com espectro autista:

        dificuldade em se relacionar com outras pessoas;

        tendência de a criança brincar sozinha;

        modo peculiar de brincar (enfileirar, agrupar, arremessar);

        padrões repetitivos de comportamentos e interesses, ou atividades restritas;

        movimentos repetitivos ou estereotipados, como balançar as mãos e/ou o corpo;

        pouco ou nenhum contato visual;

        incômodo com sons altos;

        alguma restrição alimentar;

        dificuldade para se comunicar;

        ecolalias (falas repetidas e sem função comunicativa).

        alteração do sono.

Esses sintomas devem estar presentes em fase precoce da infância. Mas eles também podem aparecer aos poucos, em ordem ou sequência incompleta, levando progressivamente a problemas nas demandas sociais.

Em alguns casos, o diagnóstico acontece somente na vida adulta, devido aos diferentes níveis do espectro. Por vezes, também pode ser confundido com outros diagnósticos.

Quais são os principais sinais do Transtorno do Espectro Autista na vida adulta?

Indivíduos diagnosticados com espectro autista apresentam diversos sintomas, como:

        dificuldade de interação social;

        dificuldade em aceitar mudanças na rotina;

        presença de rituais ao realizar atividades do cotidiano (manias);

        dificuldades com linguagem figurada, ironia, expressões de duplo sentido;

        dificuldade em compreender as regras sociais;

        histórico de atraso no desenvolvimento na linguagem;

        dificuldade em falar em público.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do autismo é clínico. Isto é, não há exames laboratoriais para fazer o diagnóstico. A análise completa do histórico médico da criança e de sua família, engloba os exames físicos e neurológicos, além das avaliações funcionais, comportamentais e de linguagem.

O médico deverá estar seguro de que os sintomas da criança não são causados por outro problema, como deficiência auditiva. O médico neuropediatra e o psiquiatra infantil são os responsáveis pela confirmação diagnóstica. A maneira ideal de fazer o diagnóstico é em conjunto com uma equipe de multidisciplinar com experiência em TEA.

Como é o tratamento?

O tratamento mais adequado para cada caso vai depender de: 

1.     idade;

2.     gravidade;

3.     problemas de saúde complementares

4.     especificidades e necessidades de cada indivíduo

Os tratamentos com intervenções ou terapias não trazem a cura. Porém, servem para minimizar os problemas funcionais, de comportamento e comunicação, além de melhorar os sintomas do autismo.

Seguindo uma perspectiva de tratamento multidisciplinar, podem fazer parte da equipe, junto com o médico, os seguintes profissionais.

Fonoaudiólogo

Atua na estimulação das habilidades de comunicação verbal e não verbal:

        fala;

        linguagem não verbal (mímica facial, gestos, contato ocular);

        comunicação suplementar e/ou alternativa (por figuras);

        linguagem escrita;

        compreensão;

        interação social.

Psicólogo

Tem o objetivo de:

        promover o desenvolvimento de habilidades sociais;

        trabalhar aspectos emocionais e cognitivos da criança, estimulando a percepção, atenção e memória.

O profissional também oferece apoio aos familiares, auxiliando-os na compreensão dos sentimentos que envolvem o autismo. 

Terapeuta Ocupacional

Tem como objetivo trabalhar autonomia e independência nas Atividades de Vida Diária — AVDs. As habilidades treinadas em terapia podem incluir: se vestir, se alimentar, tomar banho, pedir auxílio e se relacionar com outras pessoas. 

Há também a atualçao de outros profissionais, como Fisioterapeuta Psicopedagogo, Educador Físico, Musicoterapeuta, Acompanhante Terapêutico, Mediador Escolar, Nutricionista, entre outros.

A participação familiar no tratamento é imprescindível, seguindo as orientações da equipe multidisciplinar e participando dos grupos para pais.


O que podemos dizer sobre a inclusão?

Em 2 de dezembro de 2014, o Decreto nº 8.368 regulamenta a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, instituindo a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Essa legislação garante a essas pessoas direitos civis e sociais, de saúde e educação.

Porém, a inclusão não se efetiva somente por decretos e leis, mas por mudanças na sociedade, como ações que possibilitem promover oportunidades viáveis a pessoas autistas.

Essa disposição das pessoas em aceitar a diversidade como condição inerente à sociedade passa por receber informações, quebrar alguns mitos e praticar a empatia. “Ser diferente é ser humano”!

Uma forma de promover a inclusão é combater o capacitismo, que é uma discriminação sofrida especificamente por pessoas com deficiência, grupo do qual fazem parte as pessoas com TEA.

O capacitismo é a ideia de que as pessoas com deficiências, físicas ou mentais são incapazes. A base do pensamento capacitista é de que há um padrão corporal — inclusive neurológico — ideal. Dessa forma, as pessoas não podem se enquadrar nesse padrão não estão habilitadas para participar plenamente das atividades sociais.

Como você pode ver, a pessoa com TEA não tem características físicas específicas, apenas enxerga a vida de uma maneira diferente da nossa, tendo um jeito único de se expressar, se comunicar e entender o mundo ao seu redor.

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Conteúdo produzido pela equipe Amplia da Unimed Campinas


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