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4 tipos de aleitamento materno e suas características

Cuidado Contínuo

4 tipos de aleitamento materno e suas características

O aleitamento materno é um processo importante para criar uma conexão entre a mãe e a criança, assim como para garantir a saúde do bebê. Isso porque são diversos os benefícios que podem ser proporcionados a partir desse que é um gesto de amor e cuidado.

Muitos pensam que o ato só é válido quando é feito de forma exclusiva. Contudo, não é bem assim: há diversos tipos de amamentação, e todos são muito positivos na relação com os filhos.

A seguir, saiba mais sobre esse assunto e aproveite para entender melhor a importância dessa ação!

Qual é a importância do aleitamento materno?

Em primeiro lugar, precisamos estabelecer a diferença entre aleitamento materno e amamentação. Em alguns casos, eles podem ser confundidos, mas há alguns pontos que devem ser considerados e que ajudam a evitar esse equívoco.

A amamentação ocorre quando o bebê obtém o alimento diretamente do seio da mãe, no contato corpo a corpo. Contudo, muitas mulheres não conseguem realizar essa prática por diversos motivos — como questões emocionais e de saúde mental (ansiedade, estresse, depressão), privação de sono e problemas hormonais, entre outros.

A partir da extração de leite materno de forma manual ou pela bombinha extratora de leite, ou oferta de fórmula láctea infantil conforme recomendação e avaliação do pediatra, ocorre o processo chamado de aleitamento,  quando ocorre o fornecimento do leite para a criança, independentemente da forma como isso é feito — não se limitando, apenas, à amamentação.

Segundo o Ministério da Saúde, ele deve ser feito até os dois anos, ou até quando mãe e bebê quiserem. Isso porque essa é a estratégia de proteção mais importante de saúde na infância, sendo uma das principais formas de prevenção de mortalidade infantil.

O leite é um dos alimentos mais completos para o começo de vida dos pequenos, possuindo todos os nutrientes que eles precisam para essa fase de desenvolvimento. Para você ter dimensão, ele reduz em 13% a mortalidade até os 5 anos.

Crianças alimentadas com o leite materno desfrutam de alguns benefícios, como:

        são mais saudáveis ao longo da vida;

        desenvolvem menos quadros alérgicos;

        apresentam um fortalecimento do sistema imunológico;

        não sofrem de tantas cólicas e diarreias;

        têm menos riscos de desenvolverem hipertensão, diabetes e colesterol alto, assim como de sofrerem com infecções respiratórias.

A mãe, também, terá diversas vantagens ao realizar o aleitamento materno durante os primeiros anos da criança, passando dos seis meses. Algumas delas são:

        risco menor de desenvolver câncer de mama, ovário e endométrio;

        auxílio no retorno ao tamanho normal do útero no período pós-parto;

        redução de doenças cardiovasculares;

        prevenção da osteoporose;

        menos chances de ter depressão durante o puerpério

Quais são os tipos de aleitamento materno?

Segundo a OMS, há cerca de 18 tipos de aleitamento materno — alguns deles, mais comuns de serem adotados do que outros. Conheça mais sobre as principais formas, a seguir!

1. Aleitamento materno exclusivo

Nesse primeiro caso, a criança se alimenta apenas com o leite materno — seja pela amamentação, seja por uma mamadeira. Assim, ela não obtém nutrientes de outras fontes, nem mesmo de água ou sucos.

Segundo a OMS, estima-se que mais de 820 mil mortes de vítimas abaixo dos 5 anos poderiam ser evitadas a partir do aleitamento materno — principalmente, com o fornecimento exclusivo nesse período. Por isso, ele é recomendado para os seis primeiros meses de vida.

2. Aleitamento materno predominante

No aleitamento materno predominante, essa se torna a principal fonte de nutrientes — mas não a única. Aqui, a criança já pode consumir outros produtos, sendo a opção preponderante na fase de introdução alimentar.

Mas, atenção: ele só deve ser adotado a partir dos seis meses de vida. Em seu início, outros itens que podem ser adotados com o leite materno são:

        água;

        sucos;

        chás;

        frutas;

        papinhas.

3. Aleitamento materno complementado

Aqui, a criança já pode contar com comidas mais consistentes, oferecidas com o leite materno. Os demais alimentos terão o objetivo de complementar a amamentação, mas não a sua substituição.

4. Aleitamento materno misto ou parcial

Por fim, o aleitamento misto ou parcial é oferecido em conjunto com outras fontes de nutrientes — podendo atuar, em algumas situações, como substitutos. É comum, por exemplo, o uso de fórmulas ou leite de vaca nessa fase.

Vale lembrar que o ideal é não introduzi-lo na alimentação antes dos dois anos de idade, para evitar problemas com cólicas e alergias.

Qual é a duração ideal do aleitamento materno?

As diretrizes da OMS orientam que os bebês sejam alimentados apenas com o leite materno durante os seis primeiros meses de vida. Com isso, é possível garantir todos os benefícios para a saúde e o bem-estar que mostramos no decorrer deste artigo.

Contudo, é possível continuar fornecendo essa opção ao longo do desenvolvimento da criança. O recomendado, inclusive, é que essa prática ocorra até, pelo menos, os dois anos — podendo se estender.

O interessante é que a OMS não determina um período máximo para a amamentação — ou seja, não há problemas em continuar com esse tipo de alimentação, de forma complementada, após essa fase da vida. Isso porque o aleitamento materno é fundamental para a saúde da criança, sendo ele o responsável por transmitir aos pequenos os anticorpos que ajudarão na prevenção de doenças graves, por exemplo.

Além disso, quando possível, ela ajuda a aumentar o vínculo entre mãe e bebê, devido aos hormônios produzidos nesse processo — entre os mais importantes, podemos citar a oxitocina, chamado popularmente de “hormônio do amor”.

Contudo, caso você não consiga oferecer essa possibilidade, não se sinta culpada: isso é muito comum e não impactará o vínculo com o seu filho — afinal, ele poderá ser construído de diversas outras formas!

Neste post, vimos mais informações sobre os tipos de aleitamento materno e quando cada um deles é recomendado na vida da criança — uma das principais dúvidas que surgem entre as gestantes.

Para ajudar nesse momento tão importante, que tal conhecer o Clube da Gestante, da Unimed Campinas? Tire as suas dúvidas, receba orientações educativas e troque experiências com quem está passando pelo mesmo que você!

Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.

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