O aleitamento materno
é um processo importante para criar uma conexão entre a mãe e a criança, assim
como para garantir a saúde do bebê. Isso porque são diversos os benefícios que
podem ser proporcionados a partir desse que é um gesto de amor e cuidado.
Muitos pensam que o
ato só é válido quando é feito de forma exclusiva. Contudo, não é bem assim: há
diversos tipos de amamentação, e todos são muito positivos na relação com os
filhos.
A seguir, saiba mais
sobre esse assunto e aproveite para entender melhor a importância dessa ação!
Qual é a
importância do aleitamento materno?
Em primeiro lugar,
precisamos estabelecer a diferença entre aleitamento materno e amamentação. Em
alguns casos, eles podem ser confundidos, mas há alguns pontos que devem ser
considerados e que ajudam a evitar esse equívoco.
A amamentação ocorre quando o bebê obtém o alimento
diretamente do seio da mãe, no contato corpo a corpo. Contudo, muitas mulheres
não conseguem realizar essa prática por diversos motivos — como questões
emocionais e de saúde mental (ansiedade, estresse, depressão), privação de sono
e problemas hormonais, entre outros.
A partir da extração
de leite materno de forma manual ou pela bombinha extratora de leite, ou oferta
de fórmula láctea infantil conforme recomendação e avaliação do pediatra,
ocorre o processo chamado de aleitamento,
quando ocorre o fornecimento do leite para a criança, independentemente
da forma como isso é feito — não se limitando, apenas, à amamentação.
Segundo o Ministério da Saúde, ele deve ser feito até os dois anos, ou até
quando mãe e bebê quiserem. Isso porque essa é a estratégia de proteção mais
importante de saúde na infância, sendo uma das principais formas de prevenção
de mortalidade infantil.
O leite é um dos
alimentos mais completos para o começo de vida dos pequenos, possuindo todos os
nutrientes que eles precisam para essa fase de desenvolvimento. Para você
ter dimensão, ele reduz em 13% a mortalidade até os 5 anos.
Crianças alimentadas
com o leite materno desfrutam de alguns benefícios, como:
●
são mais
saudáveis ao longo da vida;
●
desenvolvem menos quadros
alérgicos;
●
apresentam
um fortalecimento do sistema imunológico;
●
não sofrem
de tantas cólicas e diarreias;
●
têm menos
riscos de desenvolverem hipertensão, diabetes e colesterol alto, assim como de sofrerem com infecções
respiratórias.
A mãe, também, terá
diversas vantagens ao realizar o aleitamento materno durante os primeiros anos
da criança, passando dos seis meses. Algumas delas são:
●
risco
menor de desenvolver câncer de mama, ovário e endométrio;
●
auxílio no
retorno ao tamanho normal do útero no período pós-parto;
●
redução de doenças
cardiovasculares;
●
prevenção da osteoporose;
●
menos
chances de ter depressão durante o puerpério.
Quais são os
tipos de aleitamento materno?
Segundo a OMS, há
cerca de 18 tipos de aleitamento materno — alguns deles, mais comuns de serem
adotados do que outros. Conheça mais sobre as principais formas, a seguir!
1. Aleitamento
materno exclusivo
Nesse primeiro caso, a
criança se alimenta apenas com o leite materno — seja pela amamentação, seja
por uma mamadeira. Assim, ela não obtém nutrientes de outras fontes, nem mesmo
de água ou sucos.
Segundo a OMS, estima-se que mais de 820 mil mortes de
vítimas abaixo dos 5 anos poderiam ser evitadas a partir do aleitamento materno
— principalmente, com o fornecimento exclusivo nesse período. Por isso, ele é
recomendado para os seis primeiros meses de vida.
2. Aleitamento
materno predominante
No aleitamento materno
predominante, essa se torna a principal fonte de nutrientes — mas não a única.
Aqui, a criança já pode consumir outros produtos, sendo a opção preponderante
na fase de introdução alimentar.
Mas, atenção: ele só
deve ser adotado a partir dos seis meses de vida. Em seu início, outros itens
que podem ser adotados com o leite materno são:
●
água;
●
sucos;
●
chás;
●
frutas;
●
papinhas.
3. Aleitamento materno
complementado
Aqui, a criança já
pode contar com comidas mais consistentes, oferecidas com o leite materno. Os
demais alimentos terão o objetivo de complementar a amamentação, mas não a sua
substituição.
4. Aleitamento
materno misto ou parcial
Por fim, o aleitamento
misto ou parcial é oferecido em conjunto com outras fontes de nutrientes —
podendo atuar, em algumas situações, como substitutos. É comum, por exemplo, o
uso de fórmulas ou leite de vaca nessa fase.
Vale lembrar que o
ideal é não introduzi-lo na alimentação antes dos dois anos de idade, para evitar
problemas com cólicas e alergias.
Qual é a duração
ideal do aleitamento materno?
As diretrizes da OMS orientam que os bebês sejam alimentados apenas
com o leite materno durante os seis primeiros meses de vida. Com isso, é
possível garantir todos os benefícios para a saúde e o bem-estar que mostramos
no decorrer deste artigo.
Contudo, é possível
continuar fornecendo essa opção ao longo do desenvolvimento da criança. O
recomendado, inclusive, é que essa prática ocorra até, pelo menos, os dois anos
— podendo se estender.
O interessante é que a
OMS não determina um período máximo para a amamentação — ou seja, não há
problemas em continuar com esse tipo de alimentação, de forma complementada,
após essa fase da vida. Isso porque o aleitamento materno é fundamental para a
saúde da criança, sendo ele o responsável por transmitir aos pequenos os
anticorpos que ajudarão na prevenção de doenças graves, por exemplo.
Além disso, quando
possível, ela ajuda a aumentar o vínculo entre mãe e bebê, devido aos hormônios
produzidos nesse processo — entre os mais importantes, podemos citar a
oxitocina, chamado popularmente de “hormônio do amor”.
Contudo, caso você não
consiga oferecer essa possibilidade, não se sinta culpada: isso é muito comum e
não impactará o vínculo com o seu filho — afinal, ele poderá ser construído de
diversas outras formas!
Neste post, vimos mais
informações sobre os tipos de aleitamento materno e quando cada um deles é
recomendado na vida da criança — uma das principais dúvidas que surgem entre as
gestantes.
Para ajudar nesse
momento tão importante, que tal conhecer o Clube da Gestante, da Unimed Campinas? Tire as suas dúvidas,
receba orientações educativas e troque experiências com quem está passando pelo
mesmo que você!
Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.