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Entenda o que é cálculo IMC e para que serve!

Cuidado Contínuo

Entenda o que é cálculo IMC e para que serve!

Se você já foi a alguma consulta com um endocrinologista, clínico geral ou nutricionista, é possível que ele tenha mencionado o cálculo IMC – Índice de Massa Corporal. Esse é um índice relacionado ao peso de uma pessoa, servindo para indicar se está abaixo ou acima do normal.

Para quem deseja manter a saúde em dia, o IMC serve como um parâmetro para saber se está no caminho certo. Isoladamente, sua análise deve ser feita com cautela, portanto, seu objetivo é complementar outros dados sobre o comportamento alimentar de uma pessoa.

Quer saber como funciona? Descubra nos próximos tópicos!

O que é IMC?

A fórmula do Índice de Massa Corporal foi criada por um matemático belga chamado Lambert Quételet, no século 19. Na época, ela ganhou o nome de “Índice de Quételet”, mas, décadas mais tarde, a Organização Mundial da Saúde atribuiu o nome que conhecemos atualmente.

O cálculo é muito útil para identificar se o indivíduo está com o peso ideal ou se está abaixo ou acima do esperado, levando em conta critérios como sobrepeso, obesidade e desnutrição.

Apesar de ser fácil de calcular, sendo acessível a qualquer pessoa, é importante ter cautela e só tirar conclusões a partir de uma consulta com um profissional da saúde. O endocrinologista e o nutricionista são os profissionais mais capacitados para avaliar o IMC e explicar ao paciente como está sua saúde.

Como é feito o cálculo IMC?

O cálculo do IMC é uma fórmula que considera o peso e a altura de alguém, na seguinte equação:

IMC = Peso ÷ (Altura x altura)

Uma mulher com 1,60 m e 55 kg faria o seguinte cálculo:

IMC = 55 ÷ (1,60 x 1,60)

IMC = 55 ÷ 2,56

IMC = 21,48

Mas o que significa esse número? É preciso olhar para a tabela de resultados. Ela vai permitir compreender em qual classificação a pessoa se encontra:

        16 a 16,9kg/m²: muito abaixo do peso

        17 a 18,4kg/m²: abaixo do peso

        18,5 a 24,9kg/m²: peso normal

        25 a 29,9kg/m²: acima do peso

        30 a 34,9kg/m²: obesidade grau I

        35 a 40kg/m²: obesidade grau II

        maior que 40kg/m²: obesidade grau III

O IMC é o mesmo para crianças e adultos?

Não. Para calcular o IMC do público infantil, consideram-se os percentis (tipo de medida que desdobra uma amostra de 0 a 100). Para eles, não há uma média específica, mas existe uma tabela que pode ser usada como parâmetro, baseada nas medidas de crianças de gênero e idade semelhantes:

        percentil menor que 5: peso abaixo do normal;

        percentil entre 5 e 85: peso normal;

        percentil entre 85 e 95: sobrepeso;

        percentil maior que 95: obesidade infantil.

O que fazer quando o IMC está abaixo do normal?

Quando o IMC está abaixo do esperado, a medida aponta para algum déficit, um indicativo de doenças que tenham a perda de peso como sintoma ou consequência. A anemia é uma delas.

Em todo caso, o peso abaixo do normal e a própria desnutrição costumam revelar uma imunidade baixa, o que deixa o organismo suscetível a infecções. Logo, é essencial que um médico faça parte do processo, acompanhando todos os exames e avaliando o melhor diagnóstico para o paciente. Um nutricionista também é indicado.

O que fazer quando o IMC está acima do normal?

Nenhum extremo é positivo. Se estiver acima do normal, o IMC também pode indicar doenças como diabetes tipo 2, hipertensão e hipotireoidismo, fora a predisposição para o aparecimento de problemas cardiovasculares e até ortopédicos diante de um quadro de obesidade.

Quando o IMC está irregular desde a infância, torna-se ainda mais perigoso, pois pode causar distúrbios no desenvolvimento da criança. As crianças obesas têm mais chances de continuarem acima do peso na vida adulta.

Como o IMC deve ser utilizado?

Apesar de a própria OMS defender o uso do IMC devido à praticidade do cálculo, alguns especialistas desencorajam sua aplicação. De acordo com eles, nosso peso não é influenciado apenas pela altura, mas também por características biológicas e fisiológicas, como gênero, idade e etnia.

Assim, quando utilizado de maneira isolada, a chance de ser mal-interpretado é enorme. Como resultado, inúmeras pessoas recebem um diagnóstico incorreto de sobrepeso ou obesidade.

Um parecer baseado exclusivamente no IMC também pode causar impacto na autoestima. Sabemos que, em nossa sociedade, há ainda a imposição muito forte de se encaixar em um padrão específico de corpo, o que pode comprometer tanto a saúde física quanto mental de uma pessoa.

Além disso, a gordura abdominal, índice muito importante para entender fatores de risco para o desencadeamento de doenças metabólicas e cardiovasculares, não é contemplado nesse cálculo. O melhor substituto, segundo estudiosos, seria a relação cintura-quadril (circunferência da cintura dividida pela do quadril).

Essa medida considera a gordura visceral, um lipídeo que está relacionado a processos inflamatórios que aumentam a resistência à insulina e estimulam o ganho de peso. Esse tipo de gordura é mais facilmente encontrado em homens e aponta para uma dieta com muitos alimentos inflamatórios e consumo de álcool.

Sendo assim, podemos concluir que não é que o IMC seja inútil e deva ser completamente descartado, mas que sua utilização é mais encorajada quando associada a estudos populacionais, não individuais. De modo geral, o que é mais recomendado pelos médicos é a mudança no estilo de vida, quando necessário.

Os hábitos, que não se limitam aos alimentares, são capazes de influenciar não apenas o peso na balança, mas a saúde emocional, a produtividade no trabalho, entre outros fatores. Assim, a prioridade de qualquer um deve ser alimentar-se bem, realizar atividades físicas, ter um sono de qualidade e buscar gerenciar as emoções, se necessário, com acompanhamento psicológico.

Entender como funciona o cálculo IMC é válido, mas o resultado apontado não deve ser considerado um indicativo de saúde. Portanto, vale sempre a pena realizar um acompanhamento integral com profissionais qualificados para conquistar mais saúde e qualidade de vida.

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Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas. 

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