Enjoos, sono em excesso, desejo por comidas específicas e o sintoma principal: atraso da menstruação! “Estou grávida, e agora?” é a pergunta que milhares de mulheres se fazem ao se depararem com esses sinais e confirmação. Essa descoberta muda tudo, começando pelo estilo de vida e alimentação, afinal, é a nutrição da mãe que vai ajudar esse bebê a se desenvolver.
Mas a nova mamãe não pode se medicar nem criar novos hábitos por conta própria, principalmente para controlar os sinais da gestação. O acompanhamento médico é indispensável e deve ser iniciado logo após o exame positivo.
Esse artigo é especialmente para aquelas que receberam a ótima notícia recentemente, mas não sabem o que fazer primeiro. Confira!
Quais os cuidados no início da gravidez?
É no primeiro trimestre de gravidez que o feto forma seus primeiros órgãos, como coração e pulmão. O crescer de uma nova vida dentro de si exige responsabilidades da mulher, que está prestes a vivenciar uma fase bastante sensível e transformadora.
O primeiro cuidado vem com a alimentação. É necessário adequá-la a esse momento. É a nutrição que favorece o desenvolvimento saudável de mãe e bebê, permitindo que o organismo da mamãe possa suprir as necessidades de seu filho. A prática de uma atividade física também é importante, mas a recomendação deve ser alinhada pelo obstetra, porque há casos, como quando a gestação é de risco, que ela não é encorajada (pelo menos não nos três primeiros meses).
Em relação à dieta, pela possibilidade de ter doenças como pré-eclâmpsia (hipertensão em gestante) e diabetes gestacional, a ingestão de alimentos processados deve diminuir, enquanto o consumo de frutas, verduras e legumes, aumentar.
Um exemplo de vitamina essencial é o ácido fólico, também conhecido como metilfolato. Para se ter uma noção, ele previne malformações fetais, podendo reduzir em até 93% a incidência de deficiências no sistema nervoso. É possível encontrá-la em folhas verde-escuras, como espinafre e couve, e em frutas, como a laranja e o abacate. O ideal, entretanto, é que seja suplementado para assegurar que a mulher está ingerindo a quantidade diária necessária.
Outros cuidados com a alimentação, como não ingerir bebida alcoólica e nem alimentos crus (cuidado com o sushi!), são indicados. De modo geral, uma dieta específica, com alimentação e suplementação, precisa ser supervisionada por uma nutricionista, que tenha foco no cuidado com mãe e bebê.
Quando iniciar o pré-natal?
O pré-natal é o acompanhamento médico que uma grávida faz. O especialista médico que o faz é o ginecologista obstetra. É esse profissional que vai prescrever todos os exames, ultrassons e cuidados para a gestante. Em cada trimestre de gravidez, há exames específicos que precisam ser realizados para saber como está o desenvolvimento do bebê, por isso, o pré-natal deve começar logo após a descoberta.
Ao receber o positivo, a mamãe deve começar a pesquisar obstetras disponíveis na rede referenciada de seu plano de saúde, estando atenta às referências. O parto humanizado é uma das exigências mais comuns da atualidade, logo, contar com um profissional de confiança, que acompanhe não apenas o pré-natal, mas também esse momento, é indispensável.
É ele quem vai tirar todas as dúvidas, tranquilizá-la e garantir uma assistência adequada, principalmente no último trimestre, quando, a partir de 8º mês, as consultas tornam-se quinzenais e, posteriormente, semanais.
Esses encontros com o obstetra não acabam depois do parto. Recomenda-se que, depois do nascimento do bebê, a mulher realize uma última visita, principalmente se tiver sido uma cesárea, a fim de verificar sua cicatrização. Sendo parto vaginal, também é indicado, em especial, quando houve intercorrência, como laceração.
Como ter uma gravidez tranquila?
Tranquilidade é essencial durante a gestação. Evitar sustos e estresse ajudam a grávida a manter a pressão arterial equilibrada, reduzindo as chances de ocorrer uma pré-eclâmpsia. A melhor maneira de garantir isso é a gestante seguir as recomendações médicas, começando pelo pré-natal.
As consultas mensais de acompanhamento dão segurança para a grávida de que seu bebê está bem. Quando não está, são os exames passados pelo médico que possibilitam fazer um diagnóstico precoce. Em caso de situação de risco para mãe ou bebê, é possível reverter, dependendo do quadro. Em outros, faz-se necessário repousar.
A automedicação durante a gravidez é ainda mais perigosa. Alguns medicamentos não são compatíveis e podem até ultrapassar a placenta, chegando ao feto e podendo prejudicá-lo. Por isso, a gestante não deve tomar nada por conta própria, nem mesmo um suplemento.
Todas as informações devem ser de conhecimento do obstetra, para que ele confirme. Isso garante, inclusive, que a grávida viva com mais segurança, ciente de que não está fazendo mal nem a si e nem a seu filho. Porém, é importante lembrar que não é só a saúde física que é prioridade, mas a mental também.
Em tempos como esse, que transtornos como ansiedade e depressão fazem parte do dia a dia de cada vez mais gente, a ajuda psicológica ganha ainda mais importância. Na gestação, a maioria dos psicotrópicos sequer são permitidos, pela possibilidade de gerar uma má-formação. Logo, contar com o apoio de um psicólogo faz ainda mais diferença.
O apoio dos familiares e do parceiro também podem deixar essa fase mais leve. Saber que há pessoas à disposição, que lhe compreendem e entendem a sensibilidade da situação, é um tranquilizante e tanto. A gestação é um momento especial, mas deve ser vivido por toda a família, afinal, como um todo, ela será impactada pelo nascimento de um novo integrante.
Manter uma dieta mais saudável, praticar uma atividade física leve, tomar a suplementação recomendada e começar seu pré-natal são práticas eficientes para conduzir bem a gravidez.
Do momento do “estou grávida, e agora?” até o puerpério, os cuidados são essenciais. A Unimed Campinas reconhece a necessidade especial que essas mulheres têm, devido à sua condição, por isso, criou o programa Clube da Gestante. Esse espaço é ideal para não se sentir só! Aproveite para tirar dúvidas com profissionais qualificados, ouvir depoimentos de mulheres na mesma situação, ter acesso a informações privilegiadas sobre alimentação, amamentação e os primeiros cuidados com o recém-nascido.
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Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.