Pessoas perdidas em
meio a muitos pensamentos, lutando para se concentrar nas tarefas do dia a dia,
podem sofrer de um distúrbio chamado TDAH. Esse problema se manifesta nos
indivíduos em vários graus, sendo
crucial diagnosticar e fazer o tratamento adequado. Se você ainda tem
poucas informações sobre o tema, este conteúdo vai ajudá-lo a entender melhor o
que é TDAH.
Ao longo do texto,
você vai entender com mais propriedade o que é esse transtorno, conhecendo as
causas, as características e como acompanhar as pessoas que sofrem dele.
Continue lendo até o final!
O que é TDAH?
O Transtorno de
Déficit de Atenção com Hiperatividade, conhecido pela sigla TDAH, é um problema
de ordem neurobiológica. Geralmente,
surge nos primeiros anos de vida do indivíduo e se prolonga até o fim dela. Em
alguns casos, o TDAH também é chamado de Distúrbio do Déficit de Atenção, ou
DDA.
A OMS (Organização
Mundial da Saúde), inclusive, reconhece o TDAH, apontando para os cuidados
especiais e tratamentos das pessoas que têm esse diagnóstico, como terapia
ocupacional e comportamental, suporte educacional e medicamentos.
Esse é um transtorno
que pode trazer consequências sérias se não for tratado, atrapalhando o
indivíduo nas suas relações pessoais, na socialização e no desempenho
acadêmico, por exemplo. Desatenção, erros por descuido e impaciência são alguns
dos principais traços da pessoa que tem esse distúrbio.
Quais são as
características do TDAH?
A pessoa com o TDAH
tende a ser desatenta a detalhes nos quais precisa focar sua atenção e, como
consequência, a cometer erros por puro descuido. Ela também é propensa a se
esquecer de tarefas e compromissos importantes, além de se apresentar como
alguém que está sempre impaciente.
Outra característica é
a baixa autoestima, incluindo
sensação de incapacidade e dificuldade em lidar com as críticas. Podemos ainda
citar como traço da pessoa com TDAH o fato de ela não conseguir gerir o seu tempo da forma que deveria,
procrastinando e deixando de cumprir prazos de realização das suas atividades
diárias em geral.
Quais as causas
do TDAH?
Há uma série de
possíveis causas do TDAH. A seguir, confira as principais!
Desequilíbrio
químico cerebral
Em nosso cérebro
existem neurotransmissores responsáveis por regular várias funções do
organismo, como o comportamento, atenção, motivação e humor. Dito isso, existem
estudos apontando que o TDAH está associado com uma
disfunção desses neurotransmissores, em especial a noradrenalina e a dopamina.
A dopamina é um
neurotransmissor ligado à recompensa e ao prazer. Já a noradrenalina está
relacionada com a resposta ao estresse, funcionando basicamente como um sistema
de resposta do organismo a possíveis ameaças externas. Se esses
neurotransmissores estão em quantidades baixas no indivíduo, pode ser um sinal
de TDAH.
Fatores genéticos
Alguns casos de TDAH
provêm do histórico familiar. Ou seja, se seus pais ou avós tiverem o
transtorno, pode acontecer dos filhos e
netos herdarem os genes, sendo que um estudo sugere a probabilidade de parentes de primeiro
grau com TDAH passarem os traços do distúrbio aos filhos.
Lesões cerebrais
Pessoas que sofreram
algum acidente e machucaram a cabeça podem desenvolver TDAH, conforme mostra um estudo canadense. As regiões do cérebro são responsáveis por
funções diferentes, como memória e
aprendizado. Se alguém tem uma lesão no lobo frontal, por exemplo, é
possível ter problemas ligados à dificuldade de organização e planejamento.
Hábitos e
qualidade do sono
Se a pessoa sofre de insônia, tem uma alimentação pobre em nutrientes e não
faz exercícios, também é possível ter TDAH. Falando especificamente do sono,
ele tem um papel crucial na saúde mental e física, de modo que uma noite maldormida
tende a afetar a memória, concentração, comportamento e humor do indivíduo.
Estresse e
traumas
Pessoas que trabalham
demais e lidam com situações que causam estresse também estão
propensas não só ao TDAH, mas também à Síndrome de Burnout. Traumas também podem aumentar o risco de
desenvolver o transtorno, visto que experiências ruins são capazes de afetar
áreas do cérebro ligadas ao controle dos impulsos, atenção e humor.
Quais os tipos?
Os tipos do TDAH são
três: predominantemente desatento, predominantemente hiperativo-impulsivo e
combinado. A seguir, falaremos de cada um deles!
Predominantemente
desatento
Indivíduos com este
tipo de TDAH costumam cometer erros por descuido e dificuldade de prestar
atenção na hora de seguir instruções, por exemplo. Além disso, é difícil
organizar suas atividades, a memória de trabalho tende a ser fraca e a pessoa
se distrai frequentemente.
Predominantemente
hiperativo-impulsivo
Pessoas inquietas e com movimentos constantes se enquadram nesse tipo de TDAH. Além disso, na hora de se comunicarem, costumam interromper a fala dos outros, prejudicando a comunicação e a socialização.
Combinado
Esse pode ser
considerado um tipo híbrido de TDAH, combinando tanto as características do
tipo predominantemente desatento quanto do hiperativo-impulsivo.
Como obter o
diagnóstico?
Antes de tudo, é
fundamental procurar um profissional
capaz de diagnosticar o TDAH. Pode ser um neurologista, psicólogo ou
psiquiatra, todos com capacidade de fornecer um parecer com base na avaliação
clínica do paciente.
Na prática, o
diagnóstico é feito mediante uma entrevista
com o indivíduo e seus entes próximos, ou ainda podem ser solicitadas
avaliações psicológicas e neuropsicológicas, além de exames laboratoriais e
físicos. Tais procedimentos visam descartar outras condições passíveis de terem
relação com os sintomas de TDAH.
Vale também dizer que
é possível estabelecer uma certa relação entre TDAH e ansiedade. Isso porque pessoas ansiosas também são
propensas a terem dificuldade de concentração em situações que causem medo ou
nervosismo. Portanto, um diagnóstico será capaz discernir os dois casos.
Quais são as
práticas de acompanhamento para essas pessoas?
Para melhor tratar o
TDAH, costuma-se usar uma abordagem multimodal. Em outras palavras, são
combinadas diferentes estratégias
terapêuticas, visando ajudar o paciente a lidar com os seus sintomas e ter
uma melhor qualidade de vida.
Vale destacar que o tratamento para TDAH precisa ser
individualizado, pois cada pessoa tem necessidades específicas e tipos
diferentes do transtorno. Dito isso, algumas das principais práticas que
podemos citar são:
● medicamentos: para tratar os pacientes com o transtorno,
costuma-se usar remédios estimulantes para melhorar a atenção e concentração,
reduzindo também a hiperatividade e impulsividade;
● terapia
comportamental: ajuda quem tem
TDAH a gerenciar melhor seu tempo, bem como aumentar o nível de organização e
planejamento, além de reduzir posturas impulsivas;
● mudança
do ambiente: inclui a redução
de distrações, organização do espaço de trabalho e uso de recursos tecnológicos
para gerenciar a carga de trabalho.
Entendeu o que é TDAH?
Como vimos ao longo da leitura, é um transtorno neurobiológico, que costuma se
manifestar já no início da vida e pode trazer algumas dificuldades para quem
sofre dele. No entanto, com o diagnóstico em mãos, é possível tratá-lo por meio de acompanhamento profissional e manejá-lo
com algumas mudanças de hábitos, promovendo mais saúde e qualidade de vida.
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