A forma como vemos nosso
próprio corpo é muito importante em nossas vidas. Para alguns, tal percepção se
torna excessivamente preocupante e se transforma em um problema conhecido como
transtorno de imagem corporal, ou distúrbio de imagem.
Já abriu o seu Instagram e se
deparou com uma foto deslumbrante de uma influencer linda, famosa e sentiu
aquela sensação de frustração com o próprio corpo? O problema começa quando a
pessoa vai para frente do espelho e fica se comparando, encontrando defeitos
que não são reais, como nariz muito grande ou pernas finas demais.
Neste artigo, vamos mostrar em
detalhes o que é transtorno de imagem, seus sinais, causas e impactos na saúde
emocional, bem como abordaremos também como é feito o diagnóstico e qual o
tratamento adequado. Quer saber mais sobre o assunto? Continue acompanhando a
leitura!
O que é transtorno de imagem
corporal?
O distúrbio de imagem corporal
é um transtorno mental em que um indivíduo tem uma
visão distorcida e negativa sobre a sua própria aparência física. No entanto,
isso vai bem além das inseguranças normais, pois a preocupação excessiva com a
aparência afeta negativamente a qualidade de vida, relacionamentos interpessoais
e até mesmo a carreira.
Quais são os sinais de um transtorno
de imagem corporal?
O primeiro passo para
identificar o problema é entender sobre os sinais. De antemão, pessoas com
transtorno de imagem manifestam, geralmente, o comportamento de evitar se olhar
no espelho, apresentar obsessão com defeitos inexistentes e busca constante por
validação externa. Outros aspectos também são a insatisfação constante com a
própria imagem, distúrbio alimentar e a prática excessiva de
exercícios físicos.
As comparações constantes com
padrões de beleza propagados pela nossa sociedade, na maioria das vezes
irrealistas, também são sinais que não devem ser desconsiderados. Afinal, a
prevalência de corpos "ideais" nas mídias sociais e na publicidade
aumenta a formação de uma visão distorcida da própria imagem.
Por conseguinte, mudanças no
comportamento alimentar, como dietas extremas ou restrição alimentar severa,
inclusive, são sintomas comuns, já que o indivíduo busca incessantemente
alcançar um padrão inatingível de beleza.
Certamente, destacar a
intensidade e frequência desses sinais é uma tarefa complicada, visto que cada
pessoa tem um comportamento diferente. Para tanto, uma etapa fundamental está
em considerar o contexto individual de cada caso.
Por outro lado, a presença dos
sintomas não necessariamente indica que existe um distúrbio de imagem. É
fundamental analisar a persistência e o nível de impacto negativo dessas
percepções na vida cotidiana, que sinalizam a necessidade de buscar ajuda profissional.
Quais são as causas do transtorno de
imagem corporal?
Cada caso é único e vários
fatores contribuem para o desenvolvimento do transtorno de imagem corporal.
Vivemos em uma sociedade saturada de estímulos visuais e pressões midiáticas,
atuando na promoção de padrões irreais de beleza.
Sendo assim, a constante
exposição a imagens retocadas e corpos "ideais" nas mídias cria um
terreno fértil para comparações prejudiciais e frustrações, sensações que
acabam desencadeando ou agravando o transtorno.
Entenda o impacto do transtorno de
imagem na saúde emocional
O distúrbio de imagem não afeta
apenas a aparência física; ele tem implicações significativas na saúde
emocional. Sentimentos de inadequação, ansiedade, depressão e isolamento social
são comuns entre aqueles que sofrem desse transtorno.
Além disso, quando a
insatisfação com a imagem corporal se manifesta em distúrbios alimentares, como
anorexia ou bulimia, a saúde física também é comprometida. A relação complexa
entre saúde mental e física deve ser abordada de
maneira holística durante o tratamento.
Como é feito o diagnóstico e o
tratamento de um transtorno de imagem corporal
Para realizar o diagnóstico, o
profissional de saúde precisa fazer uma avaliação cuidadosa do paciente. Nesta
etapa, o acompanhamento de um psicólogo é essencial para entender a origem do
problema, identificar padrões de pensamentos distorcidos e desenvolver
estratégias eficazes de tratamento.
Já o tratamento, envolve
terapias cognitivo comportamentais para modificar os padrões de pensamento
negativos, promover a aceitação do corpo e desenvolver habilidades para lidar
com a pressão social.
Geralmente, a terapia
interpessoal aborda questões relacionadas a relacionamentos e interações
sociais, enquanto a terapia nutricional deve ser incorporada para tratar
distúrbios alimentares associados.
Resumidamente, o transtorno de
imagem corporal é uma questão complexa e afeta muitas pessoas em diferentes
graus. Então, reconhecer os seus sinais, causas e impactos na saúde emocional
são essenciais para promover uma sociedade mais saudável e compreensiva.
Ademais, a busca por ajuda profissional é o primeiro passo para superar os
desafios, cultivar o amor-próprio e autocuidado.
Gostou de conhecer este
conteúdo? O acompanhamento de um psicólogo faz toda a diferença no diagnóstico
correto e no desenvolvimento de estratégias eficazes de tratamento. Portanto,
aproveite para ler também nosso conteúdo sobre quando procurar um psicólogo.
Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.